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A carência de carros da Polícia Militar nas ruas do interior de Alagoas deixa a população à mercê da própria sorte. Nem mesmo o número mínimo necessário de veículos para atender às ocorrências está à disposição do Comando Militar. Em alguns momentos a PM de Alagoas chega a selecionar os chamados pelo 190 para deslocar uma equipe. É uma roleta russa e nós somos as vítimas.
Dados dos relatórios mensais da Secretaria de Estado de Defesa Social (SDS) mostram que, nos últimos meses, uma em cada quatro ligações feitas ao serviço 190 não foi atendida por falta de viaturas. E, por sua vez, são cada vez mais comuns os reclames da população. Em alguns momentos, segundo o relatório, o número de ocorrências não atendidas por indisponibilidade de veículos é quase cinco vezes maior que ao de ocorrências concluídas "com êxito".
E pra piorar cerca de 70% das ligações são trotes. Quando o Copom atende e reconhece o trote pelo telefone, ótimo. Quando isso não ocorre -e existe disponibilidade de viatura- uma guarnição é deslocada em vão por conta da falta do que fazer de muita gente que contribui para esse cenário. Enquanto a PM não reforça o número de carros de polícia, a população reclama da falta de atendimento, principalmente nas ocorrências de pequena ilicitude.
Esta semana Maceió e Região Metropolitana foram agraciadas com alguns novos veículos e equipamentos para o combate à criminalidade foram entregues pelo governo de Alagoas. Já os demais municípios continuam sentados esperando.
Na próxima segunda-feira vereadores de Arapiraca e de outras cidades do Agreste prometem fazer barulho no Palácio do Governo em busca, mais uma vez, de soluções para a área de segurança. Enquanto isso o município deve receber nos próximos dias, segundo o vereador João dos Santos, três viaturas “sambadas” para o 3º Batalhão de Policia Militar. O vereador Moisés Machado disse que os carros velhos são uma vergonha pra população da região. Tudo indica que, além de receber viaturas muito usadas na Grande Maceió, o Batalhão de Arapiraca ainda deve arcar com as despesas de manutenção e até grandes concertos destes carros e isso sem nenhum recur$o; apenas contando com o apoio e parceria de empresas e do comércio local.
Seria cômico, se não fosse trágico.