com tudonahora // josenildo torres
Uma estudante de 18 anos foi assassinada em Viçosa, neste domingo à noite, poucos minutos após ter procurado o Grupamento de Policiamento Militar do município para denunciar a amaeaça de seu executor. Os militares teriam mandado ela procurar a Delegacia Regional, que estaria de plantão, mas no caminho ela acabou sendo morta.
Segundo depoimento da testemunha, Edcleia de Araújo, os dois militares que estavam de plantão teriam informado à jovem que não havia viatura para se deslocar até à rua Passagem da Areia, no bairro Santa Ana, onde Maria Josilene Jevaze da Silva foi morta a golpes de faca peixeira. O acusado é Eronildo Costa da Silva, que fugiu do local montado a cavalo.
Segundo Araújo, o acusado fugiu em direção a Pindoba. Somente após o crime é que os policiais civis forar até o local do homicídio, mas não conseguiram capturar o acusado. A testemunha prestou depoimento ao delegado plantonista Ednaldo Marques, mas Eronildo ainda está foragido.
“A principal testemunha prestou depoimento nesta segunda-feira e relatou que a vítima teria procurado o GPM de Viçosa para protegesse contra ameaças do acusado, que também estaria ameaçando de morte a própria esposa, identificada como Josefa Vieira de Araújo. Mas, como os dois policiais militares teriam afirmado não dispor de condição estrutural para sair em busca do acusado, ela se dirigiu até a Delegacia Regional, quando foi interceptada pelo suposto criminoso, que a esfaqueou”, relatou em entrevista o chefe de serviço, José Carlos Minin de Lins.
Ele informou que o inquérito será presidido pelo delegado José Rangel Wanderley e que, num prazo de 30 dias, a prisão de Eronildo Costa da Silva poderá ser decretada. “As condições da Delegacia Regional não é das melhores, pois dispomos de apenas cinco policiais e de uma viatura que só pega no empurrão”, denunciou o chefe de serviço da Delegacia Regional de Viçosa.
Outro lado
Procurados pelo Tudo na Hora, os dois policiais militares que estavam de plantão na noite deste domingo, no GPM de Viçosa, não foram localizados. Um policial militar que atendeu ao telefonema da reportagem, e que preferiu não ser identificado, afirmou que somente eles poderiam comentar o caso. Eles devem retornar ao plantão na próxima quarta-feira.
Segundo o chefe de serviço da Delegacia Regional de Viçosa, é cedo para saber se houve negligência. De acordo com Lins, provavelmente eles serão convocados a depor - já que, segundo a principal testemunha do crime, a estudante foi morta porque eles não foram ao local atender à vítima.