com tudonahora // josenildo torres
A decisão da juíza da Comarca de Girau do Ponciano, Isabelle Coutinho Dantas, de cassar o mandato do prefeito de Campo Grande, Arnaldo Higino Lessa (PDT), foi sacramentada nesta terça-feira. Graças a determinação do juiz Aderbal Mariano da Silva, o titular do cargo, além do vice, José Aristides Neto, foram afastados do cargo.
Mas o município não ficará sem prefeito, já que o magistrado determinou que a presidente da Câmara Municipal de Campo Grande assuma o cargo interinamente. No entanto, ainda segundo o parecer do juiz Aderbal Mariano da Silva, o prefeito e o vice terão três dias para recorrer da decisão.
Denúncias
De acordo com denúncia apresentada pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Arnaldo Higino Lessa e José Aristides Neto teriam praticado crime eleitoral no pleito de 2008. As denúncias vão desde o uso de recursos públicos para a compra de votos até a realização de propaganda eleitoral que desrespeitou a legislação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Mas a denúncia mais contundente contra o prefeito afastado de Campo Grande diz respeito à movimentação financeira de sua conta bancária. Isso porque, três meses antes do pleito eleitoral ele teria movimentado R$ 500 mil, mas declarou à Receita Federal um montante de bens que totalizariam, apenas, R$ 57 mil.
No entanto, na prestação de constas realizada ao TSE, Arnaldo Higino Lessa declarou possuir bens móveis que totalizariam 543.613,71. Entre os bens apresentados estão uma parte de terra na Fazenda Boa Sorte, em Campo Grande, totalizando R$ 105 mil e uma Caderneta de Poupança onde estariam depositados, à época, R$ 2.514,28, segundo apurou o Tudo na Hora no relatório de prestação de contas.