Na quinta-feira, 2 de outubro de 2025, a liderança do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed) realizou um apelo às autoridades responsáveis para que intervenham na melhoria dos serviços na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins, localizada em Maceió.
A presidente do sindicato, Sílvia Melo, destacou que a unidade enfrenta uma grave escassez de medicamentos, insumos e equipamentos que estão fora de funcionamento.
Além disso, há três folhas de pagamento dos profissionais de saúde atrasadas, referentes às remunerações do Governo do Estado. "A população merece respeito. Quando levamos a público a situação, é porque já tentamos resolver de forma amigável, sem sucesso.
Os médicos continuam trabalhando, mas não há condições mínimas para oferecer assistência de qualidade", afirmou Sílvia por meio da assessoria de comunicação do sindicato. Ela acrescentou que tanto os profissionais quanto os pacientes estão sofrendo com a crise.
"Ninguém enfrenta uma situação dessas com felicidade. Todos somos vítimas do descaso governamental", desabafou, ressaltando que a empresa responsável pela gestão, InSaúde, recebe recursos públicos, mas não os repassa em tempo hábil.
De acordo com a presidente do Sinmed, as quatro salas de atendimento estão deterioradas, com móveis quebrados, além de um sistema de ar-condicionado que funciona de forma irregular. O aparelho de raio-X está inoperante desde março deste ano, e ainda faltam medicamentos básicos como antibióticos, dipirona, dexametasona, diclofenaco, antieméticos, salbutamol e cetamina. Além disso, ela denuncia que os monitores da ala vermelha frequentemente estão avariados, e as máscaras de Hudson estão remendadas.
"A gravidade da situação é evidente. Na ala vermelha, onde se atendem pacientes em estado grave, a ausência de medicamentos impede a assistência adequada. Falta até mesmo tubos de intubação pediátrica, bombas de infusão, ventiladores, sedativos e gases medicinais. Tiras para testes de glicemia também são escassas, prejudicando o controle de casos de hiperglicemia e doenças cardiovasculares. Como podemos oferecer cuidados diante de tantos obstáculos?", questiona a médica.
O Governo do Estado, por meio de sua Secretaria de Saúde (Sesau), enviou uma nota oficial ao CadaMinuto por intermédio de sua assessoria de comunicação, esclarecendo que a semana passada foi realizado um repasse financeiro ao Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde), responsável pela administração da UPA do Tabuleiro do Martins, que visa cobrir salários, aquisição de medicamentos, insumos e manutenção dos equipamentos.
A nota também reforça que a unidade continua operando normalmente, atendendo casos de urgência conforme sua classificação de risco, seguindo o perfil assistencial estabelecido.
Por fim, o sindicato publicou uma lista com os itens que estavam em falta até 30 de setembro de 2025, incluindo diversos medicamentos, materiais e equipamentos essenciais, como solução injetável de água bidestilada, clorpromazina, dexametasona, cetamina, cetoprofeno, cimetidina, ciprofloxacino, amoxicilina, atracúrio, cloreto de sódio, dipirona, dopamina, escopolamina, etomidato, fentanila, hidróxido de alumínio com magnésio, insulina, isossorbida, levofloxacino, midazolam, morfina, pomada de neomicina + bacitracina, nifedipino, pantoprazol, prednisolona, soro glicofisiológico, spray de salbutamol, simeticona, sulfadiazina de prata, sulfato de magnésio, tenoxicam, vitamina C e vitaminas do complexo B, entre outros.
*Informações obtidas com o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed).*
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