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30/08/2011 20:33:32

Ex-governador Mano diz que vai tomar mais cuidado com a segurança pessoal

Ex-governador Mano diz que vai tomar mais cuidado com a segurança pessoal
Ex-Governador Manoel Gomes de Barros

Com gazetaweb // regina carvalho

 

“É uma temeridade um homem desse instinto solto por aí”. A declaração é do ex-governador de Alagoas Manoel Gomes de Barros, sobre a soltura do ex-oficial da Polícia Militar Manoel Cavalcante, o “coronel Cavalcante”, na manhã desta terça-feira. O ex-militar cumpriu pena de 13 anos e estava recolhido atualmente no presídio Baldomero Cavalcanti.

Manoel Gomes de Barros era governador de Alagoas quando o ex-oficial da PM foi colocado atrás das grades por liderar uma quadrilha até hoje conhecida como Gangue Fardada. Ele conta que a soltura de Manoel Cavalcante não lhe dá medo, mas admite que tomará mais cuidado com sua segurança pessoal.

“Foi minha mulher que me contou que ele foi solto. Cumpri o meu papel na época e se fosse hoje faria a mesma coisa. Estou tranquilo, mas a partir de agora vou tomar mais cuidado com a minha segurança”, afirmou Barros, que recebe segurança oficial do Estado de quatro policiais militares. “Recebi esse apoio com a autorização do Conselho de Segurança”, completou.

Mano lembrou que vive de “olhos bem abertos” depois da prisão dos integrantes da gangue fardada, na década de 90. “Naquela época não tinha outra alternativa, cumpri com meu dever”, contou .

OAB

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL), Omar Coelho, disse que vê com preocupação a soltura de Manoel Cavalcante. “Vejo com preocupação por conta de tudo que aconteceu em Alagoas naquela época. O coronel tinha um poder muito grande e há a preocupação de todos os lados, em relação a própria segurança dele e das testemunhas que fizeram com ele fosse para a cadeia”, disse.

Sobre o pedido de segurança para o ex-militar, que já manifestou o medo de ser executado “por saber demais”, Omar Coelho lembrou que se há risco é dever do Estado oferecer segurança. “Essa soltura não é um fato que deixe ninguém contente, principalmente nesse momento que Alagoas vive um momento de insegurança. Espero que o tempo que ele ficou recluso tenha servido para refletir”, completou o presidente da OAB.

O ex-tenente-coronel foi ouvido em audiência na 16ª Vara Criminal da Capital e está em liberdade. Ele responde pelo assassinato do fiscal de tributos Sílvio Vianna, Ebson Vasconcelos, o Êto, e do cabo Gonçalves. Ele terá de se recolher em casa à noite e não poderá mudar de endereço ou viajar, sem comunicar previamente à Justiça.