Com tudonahora //
Esta segunda-feira (22) seria marcada pelo retorno das aulas na Escola Estadual Rosalvo Lôbo, na Jatiúca, mas os estudantes tiveram que voltar para casa e não seguir para a sala de aula, como estava planejado. A direção resolveu não reabrir a unidade de ensino porque os vigilantes prometidos pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) não foram enviados.
Mas esta manhã, entretanto, o policiamento foi reforçado com a presença do Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc)tanto nas imediações, quanto dentro da escola. Mesmo assim, a direção decidiu manter a paralisação e os alunos tiveram que retornar para casa.
A direção se reuniu com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal) e decidiu que as aulas só retornam depois da chegada de novos vigilantes, instalação de câmeras de segurança e reforço do BPEsc, entre outras.
Entre os estudantes, o sentimento que impera é o medo. “Estamos todos abalados com a onda de violência na escola. Nos sentimos ameaçados pelos vândalos que entram no colégio. Mês passado uma rapaz entrou aqui e tentou matar um estudante”, disse Alexsandro José Franco Silva Santos, de 12 anos.
A tragédia vivida na semana passada, quando o atirador confesso Rafael da Mancha invadiu a escola e disparou tiros que atingiram uma aluna e o vigilante, ainda é relembrada por todos.
“Quando cheguei aqui hoje, revi aquela cena horrível. Estou com muito medo de estudar nessa escola. Aquela não foi a primeira vez que isso aconteceu. Depois dessas situações me sinto inseguro. Agora estamos sem segurança e sem aula”, lamentou o estudante Thiago Wendell Brandão dos Santos, de 15 anos.
Os funcionários afirmaram que só voltam a trabalhar com a chegada de novos vigilantes. “Isso foi uma tragédia anunciada. Alguma coisa tem ser feita para nos sentirmos seguros dentro da instituição. Sem vigilantes dentro da escola, não voltamos a trabalhar”, disse a professora e ex-diretora Maria Aparecida.
O BPEsc garantiu que a segurança já está reforçada desde a semana passada. O policiamento está garantido de segunda a sexta-feira, entre as 13h as 19h, além de rondas intensivas na região.
A perseguição na escola
Por voltas das 16h da última segunda-feira (15), o jovem Rafael Lins Bulhões entrou atirando em um outro rapaz que estava dentro da Rosalvo Lôbo.
A escola estava em pleno horário de aulas quando o tiroteio começou. Duas pessoas foram atingidas pelos tiros, a menina Tauane, de 15 anos, e o vigilante Genilson Ângelo, que está internado no HGE em estado grave.
Rafel Lins Bulhões se entregou à polícia na última sexta e confessou ser o autor dos disparos dentro da escola.