Com palmeira24horas // Fonte AMA
O prefeito de Quebrangulo, representante da Associação Alagoana de Municípios – AMA, fez um depoimento emocionado nesta quarta feira, na Comissão Especial de Medidas Preventivas Diante de Catástrofes Climáticas da Câmara dos Deputados, em Brasília. Marcelo Lima relatou aos parlamentares as dificuldades que vivenciou no ano passado com as enchentes arrasaram mais de uma dezena de municípios do estado. Segundo ele, nenhum dos três níveis de governo no País, municipal, estadual e federal estão preparados para socorrer as populações e cidades atingidas por catástrofes climáticas.
Lima lembrou os primeiros momentos após a enchente. A cidade de Quebrangulo destruída pela força das águas ficou desabastecida e a população só começou a receber ajuda mais de 48 horas depois da catástrofe. O tempo de reação dos sistemas de ajuda do governo federal, também foi extremamente lento. A ajuda estadual e federal só começou a chegar ao município uma semana depois. Essa situação mostra o despreparo do País, de maneira geral, para reagir a situações de emergência, explica. O prefeito defendeu que a troca de experiências sobre esses momentos pode contribuir para a formulação de um modelo de atendimento as emergências provocadas por catástrofes naturais nas três instâncias de governo.
As dificuldades relatadas não acabam com o fim das catástrofes naturais lembra Lima. No momento da reconstrução dos municípios atingidos o despreparo governamental continua presente, atrasando o processo de recuperação dos bens e serviços perdidos. Um exemplo claro é a reconstrução de casas e instalações comerciais. No caso de Alagoas, em especial de Quebrangulo, o prefeito destaca que não existe, por exemplo, um programa de financiamento para a reconstrução das casas, ou ações para agilizar as obras. No caso das enchentes de 2010 o governo federal usou o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que determina o pagamento das casas construídas pelo beneficiado. Os governos deveriam dispor de um fundo de reconstrução e não usar recursos destinados a outro fim, avalia.
“Esperamos que o trabalho da comissão ajude a evitar novas catástrofes e a preparar estados, municípios e a união para responder a estas emergências de forma mais rápida”, concluiu Marcelo Lima.