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A Escola Estadual João Fernandes Vieira, localizada na cidade de Campo Alegre, foi interditada na manhã dessa terça-feira (9) por apresentar problemas na infraestrutura física, com riscos de acidentes. O centro educacional receberia provisoriamente os alunos da Escola Estadual Dom Constantino Luers, cujo teto desabou na última quinta-feira (4), ferindo 15 estudantes.
Nesta quarta-feira (10), técnicos da Secretaria Estadual de Educação (SEE) definirão o local para a transferência dos cerca de 1 mil estudantes das duas escolas. Parte deles já está sem aulas desde a última sexta-feira (5). Os engenheiros da SEE, que concluíram a vistoria na escola Dom Constantino nessa terça-feira, realizaram também uma inspeção na escola João Fernandes Vieira, onde identificaram a necessidade de intervenções, como reformas e reforço na estrutura do prédio.
Segundo a coordenadora regional de Educação da 2ª região, Ana Paula Freire, os alunos não serão penalizados. “Já estamos procurando espaços na cidade para fazer o remanejamento destes alunos”, afirmou.
De acordo com a secretaria, a unidade foi interditada para não colocar em risco os seus alunos e os estudantes que seriam transferidos da Dom Constantino Luers. “Como é preciso fazer reformas nas duas escolas, decidimos interditar para evitar qualquer risco”, explicou o coordenador especial de Infraestrutura do órgão, Sérgio Macedo.
Uma comissão criada pelo secretário estadual de Educação, Adriano Soares, tem oito dias – a partir dessa terça-feira – para apresentar o levantamento de todas os centros educacionais que necessitam de intervenções em sua infraestrutura física. A rede estadual de educação de Alagoas é composta por 331 escolas.
A comissão, formada por técnicos de vários setores da secretaria, foi estabelecida por portaria publicada no Diário Oficial do Estado dessa terça-feira (9).
Relatório do Ministério Público
Nessa segunda-feira (8), o secretário Adriano Soares encaminhou ofício à promotora de Justiça Cecília Carnaúba, solicitando um suposto relatório que teria sido feito por ela sobre problemas na estrutura física de “quarenta escolas da rede pública estadual”, conforme uma reportagem publicada no fim de semana. A matéria atribui ao Ministério Público Estadual a informação sobre as 40 escolas com problemas.
No ofício, Adriano Soares pede a Cecília Carnaúba “o relatório completo de todos os apontamentos feitos por esse órgão e que demonstram as falhas técnicas e estruturais nas escolas do Estado, acompanhados dos respectivos laudos de avaliação e/ou inspeção”. Se o MPE enviar esse relatório, diz Soares no ofício à promotora, a secretaria “fará um cronograma, imediato, de reformas emergenciais, inclusive tomando como critério o relatório de averiguações do Ministério Público Estadual citado na reportagem”. E completa: “Afinal, causa temor em toda a comunidade escolar e na sociedade uma informação dessa gravidade que deve ser imediatamente solucionada”.
“Não podemos trabalhar com especulações, mas com informações técnicas e precisas que nos mostrem a necessidade real de nossas escolas, e temos que ter a informação com rapidez. Por isso, a comissão terá oito dias para apontar as ações de levantamento e contrataremos ainda uma empresa gerenciadora de obras para nos auxiliar neste trabalho”, afirmou Adriano Soares, ao explicar os objetivos da comissão criada.