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27/07/2011 09:16:13

Esperando casas, onze famílias moram em posto de saúde há um ano

Esperando casas, onze famílias moram em posto de saúde há um ano
Conjunto Santa Maria está pronto mas famílias não moram lá

Com tudonahora // josenildo tôrres

 

Alimentando a esperança de conquistar uma residência fixa após as enchentes do ano passado, onze famílias alagoanas moram há um ano no posto de saúde do Conjunto Santos Dumont, na periferia de Maceió. Essas famílias foram obrigadas a sair das margens da Lagoa Mundaú e esperam um casa no Conjunto Santa Maria, construído pelo governo do Estado para atender os desabrigados pelas chuvas.

 

Como no posto de saúde não cabe todo mundo, muita gente está morando em barracos de lona. A dona de casa Glória da Silva sofre com os efeitos da chuva do inverno e não vê a hora de ir morar numa casa de verdade. Seu primeiro filho, de apenas três meses, está com início de pneumonia e seu estado de saúde pode agravar ainda mais. A pediatra que atendeu o bebê, os pais da criança devem sair do barraco onde estão, sob pena de verem a situação do filho se tornar irreversível.

 

“A médica foi taxativa comigo e mandou ter cuidado com meu filho, mas não tenho para onde ir. Minha única esperança são essas casas, mas temos que esperar a liberação pela Secretaria de Infraestrutura”, disse a dona de casa.

 

Um desencontro no cadastro dos desabrigados é apontado pelas lideranças comunitárias como a causa da espera prolongada das famílias. Enquanto o governo afirma que a necessidade é de 25 casas, a associação da comunidade afirma que há 80 famílias desabrigadas esperando por uma casa desde as chuvas do ano passado.

 

Além de todo esse problema, o Serviço Social do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) foi acionado para investigar a venda de moradias que já ficaram prontas, deveriam ter sido entregue aos desabrigados e foram vendidas ilegalmente.