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Polícia
26/07/2011 16:38:24

Adolescente que matou policial federal é ouvido pela Justiça

Adolescente que matou policial federal é ouvido pela Justiça
Ilustração

Com maceioagora // emergência 190

 

Já está recolhido em Maceió em local não revelado, por medida de segurança, o menor J.R.B.S. (15) que confessou ter sido o autor do disparo que matou o agente da Polícia Federal (PF) aposentado, Eduardo Batista Junior (59), crime registrado no último dia 21 em um dos trechos da Avenida Amélia Rosa, no bairro da Jatiúca, orla de Maceió.

 

O adolescente que na última sexta-feira (22) esteve na Delegacia de Menores, na companhia da mãe e do advogado Eduardo Bianchi, quando foi ouvido pela delegada Cássia Mabel, voltou a ser ouvido na manhã desta terça-feira (26), dessa vez no Juizado de Menores.

 

No Juizado J.R.B.S. não acrescentou maiores detalhes do que já havia falado a Polícia Civil (PC). O adolescente relatou que no dia do crime estava junto com o amigo, G.S.S., que está detido da Delegacia de Menores. Os dois tinham o plano de roubar o carro do policial, um Honda Civic, de placa NMF 3630/AL, mas que o plano deu errado. Os dois tinham dividido as tarefas para a execução do caso. Enquanto que G.S.S. teria comprado a arma do crime, um revolver calibre 38 por R$ 600 caberia a ele abordar a vítima e guiar o carro.

 

O adolescente negou que tivesse sido “contratado” pelo taxista Ronaldo Bandeiras da Silva Júnior, 21, vulgo “China” que pagaria R$ 3 mil para roubar o veículo do policial. China continua foragido.

Na versão dele o policial Eduardo Batista dirigia pela Avenida Julio Marques quando foi abordado e tentado escapar. “Foi aí que entrei pela porta traseira e pedi que ele me entregasse o carro, se não eu iria atirar. Ele fez um movimento brusco e pensei que sacaria uma arma. Foi aí que atirei, mas não sei exatamente em que local”, disse o adolescente que acrescentou que a vítima acelerou o veículo, terminando por colidir com outro carro e com a fachada de uma loja de colchões. “Nós só queríamos o carro. Ele não conversou nada, mas esboçou reação e acabei atirando contra ele.

 

Depois que o carro avançou contra a loja, a porta travou e não consegui sair. Fiquei bastante nervoso nesse momento, mas depois consegui abrir a porta e escapar”, disse J.R.B.S. que inocentou o amigo de qualquer participação no crime.

 

“Ele só ficou acompanhando o assalto à distância. Eu abordei o policial, sem saber que ele era policial, e fiz os disparos. Caberia a ele (G.S.S.) só dirigir o carro, porque eu não sei guiar”, afirmou ele.

 

Após o crime J.R.B.S. teria escapado de uma equipe da Polícia Militar (PM) e andado até as proximidades do supermercado Palato, no bairro da Jatiúca, onde apanhou um ônibus até próximo do shopping, onde foi de taxi até próximo a Massagueira, em Marechal Deodoro, na grande Maceió. Antes, segundo ele, ao passar pela ponte Divaldo Suruagy, J.R.B.S. disse que sacudiu a arma do crime na Lagoa Mundaú.