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Excelentíssima Senhora Presidenta Dilma Rousseff, finalmente temos a alegria e satisfação de recebê-la pela primeira vez em nossa terra.
A feliz indicação do ex-presidente Lula e a vontade do povo brasileiro colocaram nas mãos de Vossa Excelência a responsabilidade de dar continuação ao atual ciclo de prosperidade por que passa o País.
E Vossa Excelência cumpre essa missão com denodo e coragem, características que a acompanham desde que abraçou a vida pública – primeiro na luta contra o arbítrio e, depois, no enfrentamento das adversidades que a vida lhe impôs.
Os últimos oito anos constituíram-se na era de afirmação do Brasil, liderado pela eminente figura de Luiz Inácio Lula da Silva – milhões de patrícios saíram dos patamares mais baixos de renda graças às oportunidades de empregos estáveis, gerados por uma política econômica voltada para a defesa dos interesses nacionais. Nesse período, 30 milhões de brasileiros deixaram a fome para trás, acessaram os mercados de consumo e melhoraram significativamente os seus padrões de vida.
Assim, a pobreza foi vencida, mas a miséria ainda afeta 16,2 milhões de brasileiros – homem, mulheres e crianças, que sobrevivem em condições infra-humanas. Desses, nove milhões e 600 mil são nordestinos, inclusive 6,5% de alagoanos.
A casa é sua, Presidenta. Aproveite a hospitalidade, o carinho e a alegria de um povo que acredita no seu governo e no aprofundamento das conquistas sociais e econômicas dos últimos anos.
Nosso povo também sabe que Vossa Excelência vencerá todos os empecilhos ao bem governar, sobretudo aqueles oriundos do amaldiçoado vírus da corrupção que, lamentavelmente, ainda procura sobreviver.
Mas, Excelência, sua capacidade e competência são o melhor antídoto para calar as vozes do “quanto pior, melhor”, mandando esses maus brasileiros às barras dos tribunais. Eles nos envergonham e devem ser alijados, porque o dinheiro do povo é sagrado e não deplorável meio de enriquecimento ilícito. Por isso, a justiça será feita.
Aqui em Alagoas, Presidenta, as feridas abertas pelas enchentes de 2010 ainda não foram de todo cicatrizadas, talvez por sua complexidade, mas, com toda a certeza, em razão do despreparo de alguns dos gestores dos recursos disponibilizados pela União. Sentimos muitíssimo que esses problemas persistam, o que demonstra a necessidade de a Secretaria Nacional de Defesa Civil ajudar Alagoas, fazendo com que os benefícios cheguem mais rapidamente às populações atingidas.
Temos um povo excepcional e de invulgar bravura, que trabalha e luta para o bem do Brasil, ansioso de participar mais intensamente dos benefícios do progresso. Todavia, Presidenta, necessita de sua compreensão e do apoio do seu governo. Precisamos ingressar na indústria moderna, integrando-nos aos demais estados da Região, com investimentos estruturadores públicos e da iniciativa privada. Excluído desse cenário, Alagoas clama e apela a Vossa Excelência, certo de que o seu grande coração de mulher valente e decidida virá ao encontro de tão nobres anseios.
De um lado já estamos sendo atendidos pelo plano Brasil sem Miséria e, de outro, cerca de 900 mil alagoanos esperam usufruir das ações do programa Água para Todos, lançado por Vossa Excelência na honrosa visita que faz ao nosso Estado.
Quando saímos das mãos de um bravo operário oriundo do Nordeste que tanto bem fez ao nosso País, na sequência temos a sorte de encontrarmos uma extraordinária lutadora das fronteiras do Sul do Brasil. E é assim o nosso País, pois temos encontrado competência para dirigi-lo por homens de Norte a Sul, e agora por mulheres.
Na condição de Congressista, conte comigo, Senhora Presidenta, para, nos limites das minhas forças, servir ao seu governo, a Alagoas e ao Brasil.
Sem tergiversar, sem recuar.
Nas palavras do grande poeta alagoano Lêdo Ivo, visitar Alagoas é “conhecer um povo que tem um coração de manteiga derretida”.
Bem-vinda, Senhora Presidenta!
Sobre o autor
João Lyra
É deputado federal e membro da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania e também membro da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados