Com gazetaweb // regina carvalho
A Força Nacional de Segurança Pública deve ficar mais tempo em Alagoas. É o que acredita o delegado Ernani Soares Ferreira, um dos escalados pelo Ministério da Justiça para fazer parte de uma força-tarefa com intuito de desafogar 1.100 inquéritos que estavam parados. Em menos de quatro meses, cerca de 450 – referentes aos anos de 95 até 2007 – foram concluídos. Nesse montante, estão incluídos crimes com e sem autoria definida.
Atualmente dezoito homens da polícia judiciária e 25 do trabalho ostensivo estão em Alagoas. Mas já foi pedido reforço desse número. “Foram solicitados mais vinte homens da polícia judiciária e trinta para o ostensivo”, informou a assessoria de comunicação da Força Nacional. Mas não existe previsão de quando esse reforço pode chegar. É que policiais têm que passar por treinamento.
No dia 25 de julho completa quatro meses que homens do trabalho operacional e investigação estão em Alagoas e durante esse período já foi possível conhecer um pouco da realidade do estado campeão em violência. Para o delegado, os altos números de homicídio aqui têm relação direta com a questão social e a própria arquitetura de Maceió favorece a criminalidade. “Em alguns bairros a situação bem complicada como no Benedito Bentes e Jacintinho. Nas grotas é difícil para a polícia entrar”, acrescentou o comandante de Operação Jaraguá, capitão Jeilson Oliveira de Sousa.