Comercialização da carne bovina é livre em União dos Palmares

antonio aragão //

A comercialização da carne bovina em União dos Palmares (que é abatida na cidade de São José da Laje por inexistir na cidade um matadouro público) é mais um problema que aflige a economia local, desde o transporte até o fornecimento no balcão dos frigoríficos ou no mercado público municipal onde o produto é largamente comercializado.

A carne depois de abatida – segundo flagrante da reportagem – é transportada de maneira antigênica, exposta, pisada pelos carregadores, e quando chega aos fornecedores ou ao matadouro fora de expediente não recebe o visto sanitário. A origem da carne é atestada por um documento estadual, mas apenas que o animal não é portador de aftosa. Se morreu por maltrato ou outra causa fica a mercê da sorte do consumidor e abre ótimas perspectivas para os comerciantes desonestos.

Uma fonte ligada a Prefeitura Municipal afirmou que o traslado da carne entre São José da Laje e União dos Palmares é gratuito, de uma feita que é disponibilizado um caminhão baú sem ônus para os talhadores, mas que estes com pressa do produto chegar primeiro aos seus destinos preferem alugar carros de menor porte.

Outra irregularidade cometida ainda com relação aos animais comercializados é relativa à sua origem, pois grande parte dos machantes compram as rezes já abatida em sítios ou matadouros clandestinos, e sem a menor fiscalização expõem seus produtos à venda como se fosse de boa qualidade.

Não bastasse esta seqüência desrespeitosa para o contribuinte, nos locais onde a carne é comercializada, o ultimo abuso: a carne é pesada sem antes ser limpa, tirando dos idosos e das pessoas que não consomem carne vermelha com “pelancas ou peles” como se diz no popular compelido a pagar pelo que não vão consumir em uma atitude que muitas pessoas taxam de desonestas. “Todo mundo aqui em União faz assim disse uma comerciária a reportagem”.

A Vigilância Sanitária de União dos Palmares neste aspecto como no combate as endemias e fiscalização de ambientes onde se comercializa bebidas deixa muito a desejar. Também existe no município uma praga acentuada de mosquitos vetores da dengue a exemplo de muriçocas e pernilongos enquanto que a Secretária de Infra Estrutura contribui em grande percentual para o problema já que não obstrui os esgotos a céu aberto existentes desde o centro até a periferia da cidade.

Um popular disse a reportagem que mais este abuso fica creditado a impunidade, e que mesmo com a denuncia o caso não será respondido pois os gestores municipais estão com o pensamento voltado para a eleição do ano vindouro ou mesmo têm medo de ir de encontro a classe.