Com alagoas24horas // cláudia galvão
A comunidade da localidade conhecida como Sítio Alto do Juazeiro, na zona rural de São José da Tapera, está estarrecida com um crime registrado no local, envolvendo um bebê. As circunstâncias do crime ainda não estão claras e até o momento os levantamentos foram realizados penas pelo presidente do Conselho Tutelar do município, Diego Azevedo, uma vez que a Polícia Civil de Alagoas se encontra em greve.
O crime ocorreu no último dia 31, quando Rosicleide de Oliveira Piano, de 31 anos, deu à luz a um bebê, dentro da sua residência. O marido de Rosicleide, que alega não ser o pai da criança, disse ter chegado em casa e encontrado a mulher com o bebê já sem vida. Noé Rodrigues da Silva teria, então, a pedido de Rosicleide, cavado um buraco no quintal da propriedade e enterrado o bebê, cujo sexo e idade ainda serão determinados.
Noé afirmou, em termo de declaração prestado aos conselheiros tutelares, que ‘desconfiava’ que a mulher o havia traído, e que apenas ‘achava’ que Rosicleide estava grávida. Apesar do desconhecimento do marido, a gravidez de Rosicleide levantou a suspeita dos moradores da localidade, que estranharam quando a mulher apareceu já sem o abdome dilatado e sem o bebê.
“Fomos acionados por moradores do local, que afirmavam que a mulher havia enterrado o feto no próprio quintal”, relatou Souza. Ao chegar à localidade, os conselheiros não encontraram a mulher, que havia sido internada com fortes dores de cabeça em um hospital de Santana do Ipanema.
No entanto, os conselheiros puderam observar um local com terra revolvida, além de muitas moscas e formigas, e a presença de cães onde supostamente seria o túmulo do feto. Com a presença do marido de Rosicleide, que confessou ter cavado e enterrado o bebê, os conselheiros foram informados da história e ainda resgataram uma filha do casal, de apenas cinco anos, que estava em situação de risco. A menina foi entregue a uma agente de saúde, uma vez que os avós paternos não demonstraram condições de ficar com a criança.
Noé da Silva foi preso pela Polícia Militar e, agora, os conselheiros tentam ouvir o depoimento da mãe do bebê, Rosicleide Piano, que segue internada. “Já vimos muito coisa, mas nunca algo assim”, desabafou o conselheiro.
Souza aguarda, agora, a chegada do carro do IML para providenciar a remoção do cadáver. O caso será comunicado na manhã de hoje, 7, ao promotor da cidade, que deverá determinar onde a menor será alocada.