Com ojornal-al // thiago gomes
Os servidores públicos estaduais que buscam correção salarial anunciaram que pretendem deliberar na tarde desta quarta-feira (1º de junho) uma greve geral de 48 horas. Pelo menos duas assembleias gerais estão agendadas para este dia, a partir das 15 horas. A dos servidores da Educação será no Clube Fênix Alagoana, no bairro de Jaraguá, e da segurança pública e da Saúde acontecerá na Praça Marechal Deodoro da Fonseca. A paralisação começaria nas primeiras horas da quinta-feira.
Como os policiais e bombeiros militares são impedidos de aderirem a uma greve comum, a sugestão da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Alagoas é para que as duas tropas façam um novo ‘desaquartelamento’, ou seja, não compareçam aos quartéis nos próximos dois dias. A atitude, segundo o presidente da central sindical, Izac Jacson, é confirmar que as categorias não aceitam o percentual de 7% como proposta para o funcionalismo público.
Entretanto, o líder da CUT/AL adiantou para a reportagem de Ojornalweb que nas duas assembleias será votada uma contraproposta que será novamente discutida com o Executivo. As representações dos servidores estudam apresentar ao governo o índice de reajuste geral – que contemplaria os quadros efetivos – em torno de 14%. O percentual representaria, segundo Izac Jacson, os 7% já oferecidos pelo Estado mais igual fração com forma de alcançar a luta dos militares que cobram o residual de 7% pendente de uma negociação feita em 2007.
“A nossa condição é que os sete por cento do governador sejam pagos por inteiro. Nada de dividi-lo. Além disso, queremos que se for feito o acordo que se façam decretos e Projetos de Leis. As questões específicas das categorias não seriam esquecidas, mas discutidas em um segundo momento”, explicou o presidente da CUT/AL.
Segundo ele, não há o que responder ao secretário Alexandre Lajes, da Gestão Pública, sobre o posicionamento dos sindicatos acerca do percentual que foi oferecido ao funcionalismo. “Nas assembleias já rejeitamos esta proposta, inclusive a imprensa fez ampla cobertura das nossas decisões. O que queremos é manter o diálogo e esta história de fechar a negociação com ultimatos são atitudes que não vingam. Apostamos em construir sempre a proposta com base no diálogo e atingindo a expectativa dos servidores”, afirmou Izac Jacson.
Lajes reafirmou nesta terça-feira (31) que está mantida a decisão do governador em conceder prazo até esta quarta-feira para que os sindicatos se posicionem sobre o índice ofertado pelo Executivo.
Mobilização
A CUT/AL informa que se a greve geral for mesmo deliberada pela maioria dos que participarem das assembleias, o expediente em alguns órgãos públicos estarão parados já a partir da tarde desta quarta-feira. A agenda de mobilizações seguirá na quinta, com diversas manifestações e um grande ato público na sexta-feira pela manhã.
Militares
Os militares contarão com o reforço das esposas que definiram promover um panelaço nesta quarta-feira como forma de repúdio às punições impostas aos maridos. Alguns policiais denunciaram à imprensa que comandantes de vários batalhões da capital e do interior esticaram a escala de serviço desta quarta como forma de impedir a participação na assembleia. A reportagem de Ojornalweb tentou contato – sem sucesso – com o comando-geral da PM.