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Política
31/05/2011 08:33:53

Deputado João Lyra escreve "Pacto por Alagoas"

Deputado João Lyra escreve
Deputado Federal João Lyra

Venho insistentemente pregando a união de todas as nossas forças políticas, empresariais e populares em torno de um projeto pelo desenvolvimento de Alagoas. Esclareço, de pronto, que essa convergência não implicaria na renúncia das ideias e posições de quem quer que seja, mas somente em um engajamento consensual transitório, que pudesse contribuir, no curto, médio e longo prazo, para uma rápida retomada do crescimento da economia local.

 

Esse consenso exige a elaboração de um projeto contendo grandes linhas de ação, com objetivos e metas claramente estabelecidos para a realização de investimentos pré-selecionados, em setores que absorvam mão de obra em grande escala. Ao tempo em que se cuidaria dos investimentos e criação de empregos, o foco de atuação governamental, no curto e médio prazo, estaria direcionado para três segmentos fundamentais: segurança pública, saúde e educação.

 

São elementos que chamo de “Pacto por Alagoas”, apoiado na experiência política de tantos anos de embates, na vida pública e na vida privada, que espero seja amadurecido por nossas lideranças, e paciente e competentemente implantado. As discussões dos temas citados aprofundariam um modelo norteador da sociedade, capaz de retirar Alagoas do seu isolamento no mapa do Brasil, somente destacado por ocasião de tragédias e de fatos negativos.

 

Aproveitar as lições dos outros não apequena ninguém, mas uma prova de inteligência.

 

No campo da economia, Pernambuco, em pouco mais de dez anos, avançou fortemente na indústria, ganhando investimentos da ordem de R$ 45 bilhões, com uma estimativa de criação de 50 mil empregos diretos. Refinaria, siderúrgica, estaleiros e polo farmacoquímico estão mudando o eixo do setor no Nordeste, cujos efeitos “para trás e para frente” modernizam a infraestrutura e consolidam o desenvolvimento.

 

No campo da segurança, por que não nos esforçamos para a implantação das chamadas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), emblemática iniciativa do governo do Rio de Janeiro, se o seu êxito é indiscutível?

 

Na saúde, não podemos permitir a crescente fragilização do sistema estadual e municipal de hospitais, postos de saúde e clínicas públicas. Refiro-me, sobretudo, à recente crise que paralisou a rede neonatal, a ponto de o Ministério Público recomendar às alagoanas darem à luz em outros estados. Uma suprema e humilhante situação.

 

Quanto à educação, o quadro não é diferente (índice do Ideb, em 2010, abaixo da média nacional e o pior do Brasil), embora melhorado nos últimos dois anos.

 

O que fazer, então?

 

Nossa proposta é de um “Pacto por Alagoas”, juntando ideias criativas, abrindo canais de entendimento. Em primeiro lugar, no plano estadual e, no plano nacional, unidos, levarmos as reivindicações ao Parlamento e ao Executivo, de modo a encontrarmos soluções para os problemas que nos impedem de crescer e sairmos da letargia e do isolamento.

 

É hora, pois, de esquecermos as disputas que nos enfraquecem e turvam os nossos caminhos. É dever de cada alagoano ajudar integrar-se nessa luta, cujo lema é “tudo por Alagoas”.

Está lançado o desafio.