Com gazetaweb // patricia bastos
Mais de 300 pessoas procuraram atendimento médico após serem picadas por escorpião, entre janeiro e a primeira quinzena de abril, na Unidade de Emergência de Arapiraca. Devido à repentina presença desses invertebrados em quintais e até na parte interna de residências, em vários pontos da cidade, nos últimos meses, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está fazendo um levantamento sobre a incidência de escorpiões na zona urbana.
De acordo com o diretor do CCZ, Almir Pedro, Arapiraca está em quarto lugar
entre os municípios onde há maior quantidade de casos registrados de picadas de escorpião no País, e o primeiro deles é Maceió. A pesquisa, segundo ele, foi feita pelo Instituto Butantã e leva em consideração os dados até o ano de 2008. “Mas nos últimos meses aumentou muito a quantidade de pessoas que tem nos procurado para informar que encontraram escorpiões em casa ou para procurar saber o que é preciso fazer para eliminá-los”, explicou.
Lixo e entulho devem ser evitados
O técnico de laboratório do CCZ José Cláudio Barbosa Nunes explica que a incidência de escorpiões está diretamente ligada ao acúmulo de lixo e entulhos. Segundo ele, em residências que ficam distantes de locais com lixo dificilmente eles são encontrados. “A dificuldade em combater os escorpiões é que eles são imunes aos inseticidas, a menos que você borrife diretamente sobre eles, e são poucos os predadores naturais. Algumas pessoas pensam que soltar galinhas no quintal vai acabar com os escorpiões, mas também não dá muito certo. O que a gente recomenda é a pessoa se livrar de tudo que possa se transformar em habitat para eles, como lixo e entulhos”, declarou.
José Cláudio explica que as galinhas não são eficazes para combater os escorpiões porque têm hábitos diurnos, horário em que os invertebrados normalmente permanecem escondidos. Caso a pessoa encontre um escorpião no quintal ou dentro de casa, a única forma de ter certeza de que não há nenhum outro na área é fazendo uma “faxina” minuciosa, jogando lixo e entulhos fora, verificando ralos e se há buracos ou fissuras nas paredes ou nos forros.