Com ojornal-al // Fonte ascom sesau
Técnicos da Vigilância Sanitária do município de Maceió e do Estado constataram que a adolescente de 16 anos que foi internada no Hospital Geral do Estado e posteriormente transferida para o Hospital Universitário não foi vítima da superbactéria denominada KPC. Na manhã desta sexta-feira (1º), houve inspeção nos dois hospitais.
Segundo os técnicos, após exames realizados na paciente, ficou comprovado que ela foi infectada pela Acinetobacter baumannii, que apesar de ser multirresistente, é comum no ambiente hospitalar onde estão internadas pessoas por um longo período e imunodeprimidas, ou seja, com imunidade baixa.
No entanto, segundo detectaram os técnicos da Vigilância Sanitária, a Comissão de Infecção Hospitalar do HGE vem adotando os procedimentos necessários para coibir um surto da bactéria encontrada.
De acordo com a gerente de Enfermagem da unidade hospitalar, ao ser constatado que um paciente contraiu uma bactéria multirresistente, este é isolado e passa a receber um tratamento especial. Os profissionais recebem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs ) para realizar o tratamento diário”, assegurou, ao apresentar o relatório do fluxo de pacientes.
O prontuário médico da adolescente de 16 anos que está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HU informa que ela foi internada no HGE no último dia 4 de março, sendo transferida 13 dias após sua internação. No dia 23 deste mês, exames comprovaram que ela havia sido acometida pela Acinetobacter baumannii e todas as providências foram adotadas no sentido de frear a infecção causada pela bactéria.
Óbito- Em relação ao óbito de um aposentado de 70 anos, que também esteve internado por um dia no HGE e foi, posteriormente, transferido para o HU, os técnicos da Vigilância Sanitária não puderam confirmar se ele foi ou não vítima da Acinetobacter baumannii, em função, da direção do HU não ter liberado o prontuário desse paciente para avaliação dos técnicos. A Vigilância Sanitária vai aguardar a liberação dos dados para se pronunciar.
O médico da Vigilância Sanitária Marcelo Cavalcante explicou que a Acinetobacter baumannii também inspira cuidados, mas que sua proliferação tem se tornado comum em todo o mundo. “As autoridades médicas têm como controlá-la e tratar os pacientes por meio de antibióticos, além de evitar sua proliferação, devendo, para isso, realizar ações de vigilância e prevenção desencadeadas através das Comissões de Infecção Hospitalar”, explicou.