Em uma iniciativa de aperfeiçoamento, magistrados do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) estão participando de uma formação voltada às políticas judiciárias voltadas às pessoas em situação de rua. O curso, promovido pela Justiça Federal de Alagoas (JFAL) através da Escola da Magistratura Federal (Esmafe), busca ampliar o entendimento sobre as múltiplas vulnerabilidades enfrentadas por essa parcela da população.
O encontro presencial, que acontece até esta sexta-feira (17), apresenta atividades práticas, incluindo sessões de escuta ativa e discussões em grupo. Após essa programação presencial, a capacitação continuará com sessões telepresenciais agendadas para os dias 20 e 24 de outubro.
Representando o TJAL, participam os juízes Rafael Araújo, Marina Gurgel, Sandro Augusto, Natália Castro e Priscila Cavalcante, além de Pedro Montenegro, coordenador do setor de Direitos Humanos do tribunal.
O treinamento reúne profissionais de diferentes segmentos do sistema de justiça, tais como juízes federais, defensores públicos, promotores, procuradores da República e assistentes sociais. O objetivo é aprofundar os conhecimentos sobre os fatores de vulnerabilidade que contribuem para a exclusão social dessa população.
O conteúdo do curso foi elaborado com base na Resolução nº 425/2021 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que institui a Política Nacional Judicial de Atenção às Pessoas em Situação de Rua. Entre as atividades, estão previstas aulas dialogadas, oficinas de escuta qualificada, comunicação não violenta e visitas de campo, incluindo um abrigo para indígenas Warao no complexo Benedito Bentes, a Casa de Ranquines e o Palácio dos Pobres, em Maceió.
Para o juiz Rafael Araújo, a experiência promova uma compreensão mais humanizada e aprofundada dos obstáculos enfrentados por essas pessoas. Ele ressaltou o valor do contato direto durante as visitas, que possibilita entender melhor suas necessidades.
“Ao dialogar com essas pessoas, conseguimos entender suas dificuldades e suas realidades, o que nos ajuda a julgar com mais empatia e justiça”, destacou Araújo.
O treinamento é conduzido pelos juízes Antônio José de Carvalho Araújo (JFAL), Vladimir Vitovsky (TRF2) e Fábio Póvoa (TJPA), integrando teoria, prática e sensibilização. A abordagem utilizada considera fatores como gênero, raça, deficiência, migração e identidade de gênero, reconhecendo que esses elementos podem agravar as condições de vulnerabilidade social.
Dicom TJAL
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