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Das quinze pessoas que presas suspeitas de fazer parte de um esquema de distribuição de drogas provenientes da Bolívia. 'Operárias' do crime foram levadas do povoado Areias Brancas, situado a 12 km da sede do município de Santana do Ipanema e da Terra da jogadora Marta, a cidade de Dois Riachos. A localidade de Areias Brancas zona rural de Santana do Ipanema é separada por 8 km de Dois Riachos, ficando mais fácil de enganar as jovens para melhorar de vida em São Paulo, foram enganadas e foram trabalhar em uma fabrica de empacotar crack e cocaína. As nove mulheres, entre elas uma adolescente de 13 anos, e seis homens, foram presos acusados de comandarem o que a polícia chama de "firma do tráfico", uma operação organizada, montada em duas casas na Zona Sul de São Paulo.
No bairro do Ipiranga, as jovens santanenses e alguns homens de Dois Riachos ficavam trancadas a sete chaves, em uma casa com cerca elétrica, e vigiadas pelos traficantes. Lá dentro, passavam os dias embalando crack e cocaína. As fotos da polícia mostram que havia uma linha de produção, exatamente como numa fábrica.
A polícia desmontou o laboratório de processamento de crack e cocaína, Uma das oito mulheres presa levava a filha de 13 anos para ajudar no negócio. Os seis homens compravam a droga no atacado boliviano, comandavam a embalagem e abasteciam o varejão paulista.
A firma funciona em dois endereços vigiados dia e noite pelos traficantes. O prédio de dois andares vivia fechado, mas não chamava a atenção dos vizinhos porque os traficantes moravam com suas famílias e, muitas vezes, eles eram vistos saindo com as crianças a caminho da escola. Segundo a polícia, em uma outra parte do prédio funcionava a fábrica de drogas.
A polícia apreendeu mais de 200 kg de crack e cocaína e também o material que as "operárias" usavam: duas balanças e mais de 100 mil embalagens. “Isso vai nos dar uma gama grande de pistas para serem seguidas”, afirma Wagner Giudice, diretor do Denarc.
Foram presos o ajudante J.V.S., de 45, a vendedora M.V.R.N., 40, a vendedora A.C.L, 28, a recepcionista M.N.A.S., 24, e a autônoma S.F.S., de 36 e .V.S., 32 anos. O comerciante H.M.B. contou que havia uma terceira casa, em Suzano, na Grande São Paulo, onde os policiais encontraram mais 47 quilos de cocaína.
Os policiais ainda apreenderam três liquidificadores, uma centrifuga, dez peneiras, uma balança de precisão, diversos medidores, 18 celulares e um revólver calibre 38, com mais 59 cartuchos de munição de diversos calibres. Três veículos de passeio, utilizados para transporte das drogas, também foram apreendidos.
Todos os envolvidos foram presos em flagrante e encaminhados a 1ª Delegacia do Departamento de Investigações Sobre Entorpecentes (Denarc).
No Denarc, o investigador fez um teste: o que ele colocou no papel é crack em pó, diferente do mais conhecido, que é vendido em pedras. Ele acende o isqueiro e a fumaça que se vê é a mesma que destrói os consumidores da droga.