Prefeitos debatem previsão de chuvas na Zona da Mata alagoana

Com ojornal-al // gilson monteiro

As cidades ainda não foram totalmente reconstruídas e a previsão de grandes volumes de chuva na região da Zona da Mata alagoana já começa a preocupar os gestores. Ontem, em reunião na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), o presidente da entidade, Abraão Moura, disse que, em todo o Estado, a previsão do radar meteorológico da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) é de 30% a mais de chuva nos meses de abril e junho. Ele reforçou o alerta afirmando que, na região da Zona da Mata alagoana, a previsão é de 100,1 milímetros de chuva – volume inferior apenas à previsão para os municípios que compõem o litoral.

Adriano Augusto, do Instituto do Meio Ambiente (IMA), afirma que o maior problema é a má distribuição da chuva. “O grande problema é a má distribuição das chuvas, quando em somente três dias registramos um índice equivalente a um mês inteiro de chuvas”, disse. José Gino, representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), disse que a proposta é a instalação de estações com o objetivo de se monitorar a vazão dos rios.

“Também iremos monitorar as áreas de risco em encostas e margens dos rios, como o Manguaba e o Jacuípe”, disse o técnico. Segundo o Secretário Executivo da Defesa Civil Estadual, coronel Gilson Romeiro, o governo federal já disponibilizou a estrutura logística e financeira, para elaboração dos planos, o que, segundo o presidente da AMA, prefeito Abraão Moura, já está sendo feito pelas prefeituras.

“Tudo está sendo feito para evitar que possamos correr os mesmos riscos do passado. O governo federal tem anunciando planos de investimentos e cada prefeito precisa, e sei que fará a sua parte, apresentando projetos e providenciando o que for possível dentro de seu município”, disse Abrahão.

A reunião de ontem na AMA contou ainda com a presença do deputado estadual João Henrique Caldas (PTN), que integra a comissão especial criada na Assembleia Legislativa para acompanhar os trabalhos de recuperação das cidades atingidas pela enchente em 2010.

CONSÓRCIOS – A pauta da reunião de ontem da AMA incluiu ainda uma reunião entre onze municípios do Litoral Norte do Estado, e os secretários de Agricultura; Desenvolvimento Social; Recursos Hídricos, técnicos do CONSAD – CONORT, além de gestores e técnicos do Estado vizinho de Pernambuco para discutir a implantação de consórcios e conhecer experiências já consolidadas em território pernambucano.