Com maceioagora // Fonte ojornal-al
O governo federal anunciou ontem o cancelamento de 273.263 benefícios do Bolsa Família. Por falta de atualização do Cadastro Único, essas famílias deixaram de receber a ajuda financeira de até R$ 200 por mês. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, os beneficiários que não atualizaram seus dados até 31 de dezembro perderam o Bolsa Família em fevereiro.
O número de cancelamentos corresponde a 24,8% do total de 1,1 milhão de famílias que precisaram atualizar seus cadastros no ano passado. A atualização cadastral dos beneficiários é necessária a cada dois anos. Em fevereiro de 2010, foram cancelados cerca de 550 mil benefícios. Na época, 3,4 milhões precisavam renovar as informações no Cadastro Único, base de dados dos programas sociais.
Em Alagoas, de um total de 22.110 benefícios selecionados para revisão, apenas 16.805 atualizaram os dados, por isto, 5.305 famílias tiveram o benefício suspenso.
Estado com o maior número de famílias selecionadas para renovar seus dados, São Paulo também registrou o maior número de cancelamento de pagamentos, com 37.264 benefícios suspensos. Em seguida vêm o Rio de Janeiro (23.842) e Minas Gerais (23.076). Este ano, o Bolsa Família irá atender a 12,9 milhões de famílias, liberando cerca de R$ 13 bilhões.
De acordo com o ministério, as famílias recebem avisos em seus extratos de pagamento e têm praticamente o ano inteiro para ir até a prefeitura do município onde vivem para realizar a atualização cadastral. A partir de novembro, o usuário que não tiver seus dados atualizados tem o benefício o bloqueado e uma segunda chance, até 31 de dezembro, para evitar o cancelamento.
Para continuar a receber a ajuda do governo, além da atualização, os beneficiários precisam manter os filhos na escola e a agenda de saúde em dia.
Segundo o MDS, o cancelamento não é irrevogável, já que as famílias com perfil socioeconômico para participar do programa podem voltar a se inscrever. O valor do benefício varia entre R$ 22 e R$ 200, conforme a renda familiar e a quantidade e idade dos filhos. O programa também procura garantir o acesso a direitos básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social e proporcionar meios para que os beneficiários consigam superar a situação de vulnerabilidade. |