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O fim de semana na capital e interior do Estado foi, mais uma vez, marcado pela violência. Apesar de o número ter sido inferior ao registrado entre os dias 11 e 13 deste mês de fevereiro – quando 30 crimes de homicídio foram registrados –, os 20 casos contabilizados pela Polícia Militar e Instituto Médico Legal dão uma demonstração de que a criminalidade segue agindo inclusive em plena luz do dia. A maioria das vítimas, como de costume, teria relação com o tráfico de drogas e/ou crimes como furto e roubo.
Somente nesse domingo (20), foram seis homicídios na chamada Grande Maceió – ver matérias relacionadas –, além de outros três na região do Agreste (Arapiraca, Junqueiro e Campo Grande) e um no município de Santana do Ipanema, no Sertão alagoano, segundo informação do IML de Arapiraca, fornecida no final da noite desse domingo.
O plantonista do Instituto – diferentemente do que ocorrera em outras oportunidades – informou não poder revelar o número de corpos que deram entrada na sexta-feira (18) e no sábado (19) porque tais informações caberiam apenas ao servidor escalado para os respectivos plantões. Portanto, o número de mortes violentas pode ter sido ainda maior durante o fim de semana em Alagoas.
A violência teve início já na noite da sexta-feira. Quem precisou passar pela movimentada Avenida Dona Constança, no bairro de Jatiúca, por volta das 18 horas, deparou-se com um corpo estendido no chão da calçada, onde padeceu até a morte o jovem Marciel da Silva Lima, de 24 anos. Segundo a polícia, ele tentava subir em sua motocicleta, uma Honda modelo CG-150 de cor preta e placa MVD-0977/AL, quando foi surpreendido pelos assassinos, que estavam em veículo similar.
Segundo testemunhas, a vítima trabalhava como motoboy e não teria inimizades, tendo sido classificado como ‘uma boa pessoa, um trabalhador’. A maioria dos disparos de arma de fogo, segundo a polícia, foram direcionados à cabeça da vítima. Os criminosos fugiram sem serem identificados.
Ainda na noite de sexta-feira, o adolescente Leonardo da Silva Pereira, de 17 anos, foi executado com vários tiros de revólver calibre 38 na Rua João Paranhos, na região conhecida como Mata do Rolo, em Rio Largo.
Assim como no primeiro caso, o autor do homicídio conseguiu fugir sem deixar pistas. Ele teria abordado a vítima, que estava conversando com amigos, e efetuado os disparos à queima roupa. Em seguida, ainda de acordo com o Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods), o algoz guardou a arma na cintura e fugiu a pé.
A polícia suspeita de que Leonardo foi mais uma vítima de acerto de contas com traficantes que atuam naquela localidade, apesar de a família da vítima não confirmar a versão.
Também neste caso, o corpo foi periciado no local do crime e encaminhado ao Instituto Médico Legal de Maceió, onde foi submetido à necropsia e, posteriormente, liberado para o sepultamento.