antonio aragao //
Localizada entre a principal avenida de União dos Palmares (Monsenhor Clóvis) e a Prefeitura Municipal está localizado o pátio da “Transnordestina” (outrora Rede Ferroviária), visto pelos críticos como um péssimo cartão de visitas, que inclusive deixa transparecer para a população, visitante ou transeunte descaso e abandono em local nobre da cidade.
A editoria deste noticioso tomou conhecimento que na semana passada à noite um empresário local e um vereador da base de sustentação do Prefeito Areski Freitas diante da impossibilidade de ficar presente no “Bar do Vaqueiro” (ponto principal de encontro no centro da cidade a poucos metros da estação ferroviária), ligaram para a Vigilância Sanitária, que não tinha alternativa (o pedido veio de um vereador) e destacou um funcionário mesmo à noite para bombear veneno nos enormes buracos que margeiam a estação, e que conduzem dejetos, que estão quebrados a céu aberto.
Dia seguinte, a proliferação de mosquitos inclusive transmissores da dengue foi ainda pior, e o problema uma semana após, continua sem solução a exemplo das reclamações da população do grande numero de mosquitos em toda cidade e em parte da zona rural, que nesta época recebe o reforços das moscas.
A Estação Ferroviária é centenária tendo sido construída no século passado pela antiga “Great Western”. Serviu a comunidade da região por dezenas de anos como transporte de carga e de passageiros barato e seguro interligando União dos Palmares a Maceió e Alagoas a Pernambuco, embora em demorados percursos.
Com o advento da BR-104, o fechamento das fábricas locais, a construção da sede da nova Prefeitura (existia um ponto de desembarque e coleta de cana de açúcar cortada no local), e o advento da cana-de-açúcar que aconteceu desde os anos 50, e finalmente pelo fato da própria rede haver sido desativa pelo governo federal em nível de Brasil a Estação Ferroviária de União dos Palmares caiu no abandono e nos esquecimento das autoridades.
Ultimamente, com os preços inflacionados do transporte rodoviário e depois de longos estudos que comprovaram ser o transporte ferroviário atualmente mais viável para a economia do que a utilização das rodovias, a concessão do uso da empresa foi adquirida por particulares.
À época da aquisição por particulares da “rede” como é chamada pelo povo voltou a perspectiva do transporte novamente barato na região (desde que funcionasse) porém com o anuncio por três vezes seguidas da ativação da empresa privada e como nada aconteceu exceto a reconstrução (errônea, segundo os entendidos) de antigos trechos da linha férrea nas margens do Rio Mundaú e o abandono das estações em geral no centro das cidades, o que se vê na atualidade distancia casa vez mais a funcionalidade e a conversação do patrimônio em abandono.
Um funcionário municipal do primeiro escalão afirma que “não se pode culpar o prefeito Areski Freitas pelo descaso, mesmo porque a manutenção dos 500 metros do pátio entre a passagem de linha desde a Rua Orlando Bugarin até a sede dos correios atravessando 60% da Avenida Monsenhor Clovis pertence a Transnordestina e o Prefeito não pode intervir ou determinar obras em terreno privado” disse o barnabé municipal.
No lugar dos vagões de combustível que inicialmente a ferrovia iria transportar se vê esgotos sanitários entupidos, tetos ruídos, cheiro forte de fezes de urina de animais e humanos (pessoas levam os cachorros para o local para necessidades fisiológicas), utilização do local para consumo e trafico de drogas, prática sexual, enfim a paisagem do abandono e da falta de vontade politica.