Bactéria de alta resistência leva Hospital Universitário a interditar UTI Neonatal

O motivo foi uma contaminação por uma bactéria de alta resistência, que deixou um dos bebês internados em estado grave. Apesar da interdição há 13 dias, sete bebês permanecem internados nesta segunda-feira (14).

De acordo com a coordenação pediátrica do HU, a ação da bactéria deve ter ocorrido porque a unidade estava superlotada. Para se ter ideia, são disponibilizados 10 leitos, mas 18 bebês estavam internados quando o problema foi detectado.

“Vários fatores podem desencadear o surgimento de uma bactéria resistente e perigosa, como por exemplo a superlotação, que era uma realidade há duas semanas. Mas em situações desta natureza também são levadas em consideração a questão da higiene e da manipulação dos aparelhos, como os respiradores”, explicou o coordenador pediátrico do HU, João Batista.

Ainda de acordo com ele, a morte de um bebê foi registrada nesse período, mas o óbito deve ter ocorrido por má formação, e não por infecção. “Obviamente a infecção deve ter agravado a situação do recém nascido”, acrescentou.

Assepsia

Segundo o coordenador pediátrico do HU, o problema deve ser sanado no máximo em até dois dias. Para isso, foi realizada a assepsia da UTI Neonatal, que deve provocar a morte da bactéria. Com isso, a unidade estará liberada para receber outros bebês, segundo a Comissão de Infecção Hospitalar do HU.