PM apreende documentos e computadores em Câmara de Palmeira dos Índios

A Polícia Militar (PM) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (13), mandados de busca e apreensão na Câmara de Palmeira dos Índios. A ação, que foi acompanhada por um oficial de Justiça e aconteceu depois que o Ministério Público (MP) Estadual acusou o legislativo da “eminente possibilidade de irregularidades na eleição e posse da atual Mesa Diretora”.

Segundo o MP, foram apreendidos documentos e computadores que estavam na Câmara Municipal. Eles serão analisados e periciados para que se encontre alguma prova concreta de que houve alteração no Regimento Interno da Câmara, que está contido na Lei Orgânica do Município, a fim de beneficiar a atual presidente do órgão, Maria Souza de Queiroz, conhecida como Maria do Leite (PDT).

Isso porque, de acordo com o promotor de Justiça Rogério Paranhos, o Regimento Interno do Legislativo foi modificado para antecipar a eleição dos integrantes da diretoria da Câmara de Palmeira dos Índios. A principal mudança, ainda de acordo com o promotor, seria a possibilidade de a atual presidente, Maria Souza de Queiroz, ser eleita para o terceiro mandato consecutivo.

De acordo com o promotor Rogério Paranhos, ele recomendou que o Regimento Interno do Legislativo fosse repeitado e que a eleição e a posse dos integrantes da nova Mesa Diretora ocorressem somente em fevereiro. “Infelizmente o grupo que apóia a presidente não seguiu a nossa recomendação e foi preciso judicializar a questão”, justificou.

Por conta desta situação, a posse da presidente da Câmara de Palmeira dos Índios foi suspensa por decisão da juíza Isabelle Coutinho Dantas. A decisão foi proferida pela magistrada no dia 30 de dezembro, depois a ação ajuizada pelo integrante do MP alagoano, segundo informou o Tudo na Hora na última segunda-feira (10).

Outro lado

Nossa equipe de reportagem tentou contato com a presidente da Câmara de Palmeira dos Índios, Maria Souza de Queiroz, mas não obteve êxito. Ao contatar a Câmara, o Tudo na Hora foi informado que a pedetista não se encontrava no local e que ninguém estava autorizado a falar sobre o assunto.