Com oparanewes // Fonte gazetaweb e asom
Os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já se mobilizam para o que poderá ser a primeira greve do segundo mandato do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Isso porque a categoria, de acordo com o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-AL), segue insatisfeita com as escalas de trabalho destinadas aos plantonistas, devido ao fato de, segundo o presidente do sindicato, Wellington Galvão, 90% dos profissionais serem prestadores de serviço.
Eles reivindicação a contratação, de fato, dos profissionais que prestam serviço, a fim de que as escalas sejam ‘repensadas’, por meio de incremento ao número de médicos hoje existentes.
A reportagem da Gazetaweb não conseguiu contato com o diretor geral do Samu, o médico José Kleber Santana – ele informou não poder atender porque estaria realizando um atendimento na Avenida Menino Marcelo, em Maceió.
No entanto, o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, confirmou o nível de insatisfação da categoria. “Não há médico suficiente. Os profissionais estão insatisfeitos já há algum tempo e, também por isso, solicitamos uma audiência com o novo secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, já que em nada avançamos com o ex-titular da pasta [Herbert Motta, hoje secretário do Trabalho], visto que estivemos diante apenas de propagandas enganosas”, criticou o sindicalista, acrescentando que a situação ‘de penúria’ se equivaleria à enfrentada por outros profissionais, como no caso de cirurgiões em Arapiraca, que estariam sendo obrigados a trabalhar, por mais 90 dias, por força de uma decisão liminar.
“Isto vai acabar ocorrendo também ao Samu, que estão ameaçando afastamento, ao contrário do primeiro caso, em que médicos ameaçam demissão, já que não são efetivamente contratados”, salientou Wellington Galvão, sobre o serviço (cujo número para contato é o 192) que realizou cerca de 1.200 atendimentos na capital e interior do Estado durante o último feriadão.
Já a Secretaria de Estado da Saúde informou desconhecer qualquer indicativo de paralisação, destacando, no entanto, que a Superintendência de Atenção à Saúde (SUAS) se coloca à disposição para discutir quaisquer reivindicações.
Em nota à imprensa, a assessoria de comunicação da Sesau destacou o primeiro dia de trabalho do novo secretário, que se mostra entusiasmado com o novo desafio. “Temos uma equipe comprometida e capacitada, que não tem medido esforços para encontrar solução para os problemas inerentes à saúde. O secretário Herbert Motta fez um grande trabalho, com o apoio destes profissionais, o que me deixa confiante”, avaliou Alexandre Toledo.
“Vou utilizar também minha experiência para atender as necessidades dos municípios, visando encaminhar medidas que possam ajudá-los. Fui gestor municipal, por isso também fui gestor da saúde e conheço os caminhos que iremos trilhar. Na minha gestão em Penedo, havia um trabalho integrado com a Unidade de Emergência, hospital e Centro de Diagnóstico, além de ações e investimentos na atenção básica. Agora é trabalhar essa experiência na Sesau”, recordou.