A Usina Laginha, em União dos Palmares, do Grupo João Lyra, voltou a moer cana depois de superar uma catástrofe em junho deste ano. A economia da região da Zona da Mata alagoana deu, última sexta-feira, o primeiro passo para a recuperação após a enchente que devastou a região e parecia não ter mais condições de se reerguer.
A usina tem números impressionantes. Serão 700 mil toneladas de cana-de-açúcar moídas, 100 mil toneladas a mais que a safra passada, com uma produção de 600 mil litros de álcool/dia.
Os números ganham ainda mais relevância considerando os estragos causados pela chuva, que atrasou a moagem em quase três meses, exigindo um trabalho de recuperação, onde toda a equipe do Grupo João Lyra não poupou esforços para reerguer as instalações e devolver a Usina à população, pronta para funcionar em menos de seis meses. Para dar conta da produção, parte da cana esta sendo moída na Usina Uruba.
“A enchente aconteceu em 18 de junho, e no dia 20 o doutor João Lyra visitou o que restou da Usina e determinou que no dia seguinte começássemos os trabalhos de reconstrução”, disse o superintendente Industrial do Grupo João Lyra, Warriman José Feitosa da Silva.
5 MIL EMPREGOS – O diretor Administrativo e Operacional, Aristóteles Ramos Cardoso, ressalta a relevância da empresa para a geração de emprego e renda na região da Mata.
“São 5 mil postos de trabalho, o que representa um peso muito grande para a economia da região. Tivemos uma orientação de que não houvesse demissões, mesmo diante das adversidades conservamos os postos de trabalho. Toda a empresa atravessou essa adversidade e conseguimos garantir esses empregos”, afirma Aristóteles.
Dentro da política de recuperação da economia local, desde o mês passado a usina iniciou as recontratações de cerca de 3 mil funcionários que normalmente trabalham no período de moagem.
No total, o Grupo João Lyra investiu, com recursos próprios, cerca de R$ 30 milhões para reconstruir a Laginha e devolve-la à economia da Zona da Mata.