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11/12/2010 18:25:57

Geração de riqueza: desigualdade é intensa em Alagoas

Geração de riqueza: desigualdade é intensa em Alagoas

Com ojornal-al // elisangela tenório

A capital alagoana ocupava em 2008 a 37ª posição entre os municípios brasileiros na geração de riquezas, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, se a comparação for por capitais, Maceió detinha o 17º Produto Interno Bruto (PIB). O valor total divulgado foi de R$ 6.034.097.00, o que representa 0,4% da produção nacional.

Porém, o que mais chama atenção no levantamento é a profunda desigualdade econômica na geração de riqueza local, quadro que se mantém a cada pesquisa. A capital do Estado concentra 45% de tudo que é produzido em Alagoas, o que, para os economistas, é um fator extremamente negativo. “Esse processo é chamado de macrocefalia e, na prática, o que se constata são muitas regiões sem giro econômico, sem atividades econômicas relevantes, capazes de gerar bens e serviços”, analisa o economista e professor da Universidade Federal de Alagoas, Cícero Péricles.

Segundo a pesquisa do IBGE, apenas 10 municípios alagoanos – Maceió, Arapiraca, Coruripe, Rio Largo, Marechal Deodoro, Penedo, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia, União dos Palmares, São Miguel dos Campos – concentram riquezas consideradas significativas. Juntos, o equivalente a 65% da produção do Estado.