antonio aragão //
Uma semana após a cheia de junho deste ano, o preço da carne bovina independente de qualquer origem externa de aumentos teve acrescentado em seu preço até R$ 2,00 por quilo no produto de primeira qualidade - “chã de dentro”, “filé”, “contra filé” e “aparação”, - seguindo a mesma tarifa para os chamados de segunda qualidade como “patinho”, “paulista” e “agulha”, cujos aumentos estão sendo automaticamente repassados aos consumidores.
A explicação para a sobretaxa segundo os comerciantes se origina no atual estado do Matadouro Público Municipal construído em 1924, localizado na Fazenda Jurema a margem do Rio Mundaú na periferia de União dos Palmares, que teve suas instalações parcialmente destruídas pela cheia pouco tempo após ser recuperado no governo do falecido prefeito José Pedrosa, o que segundo os chamados “machantes” obrigou a classe a adicionar as despesas já existentes o transporte das rezes vivas para o abate em São José da Laje, cujo carreto custa em geral R$ 100,00 por viagem independente do numero de bois transportados, embora a prefeitura gratuitamente transporte a carne de retorno a União, e mais R$ 20,00 reais por animal abatido no Matadouro daquela cidade.
Além do mais, os comerciantes dizem que ainda recolhem ao estado o imposto obrigatório de cerca de 20% do valor do animal (em livre negociação), a GTA (Guia de Transporte de Animal - R% 1,00 real por boi), e quando o gado é adquirido na zona urbana ou em outro estado, o transporte adicional, finalizando com a chamada “quebra no peso” que significa a perda no peso já que a carne é obrigatoriamente limpa para a retirada dos ossos e do excesso de pele e gordura que fica maior quando o produto passa de um dia para o outro no gelo, a taxa municipal da comercialização em União, e finalmente o pagamento da mão de obra terceirizada (os ajudantes).
Por estas razões, o quilo da carne de primeira aumentou para R$ 12,00 e o de segunda para R$ 8,00, esta ultima variando de que parte o cliente gosta, podendo chegar, em dia de “bóia” (sobra do produto) a seis, cinco e até quatro reais, aumentado ainda mais o prejuízo para a classe dos que comercializam carne bovina.