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07/12/2010 17:41:24

Alagoas tem o pior desempenho nacional no Programa Internacional de Avaliação de Alunos

Alagoas tem o pior desempenho nacional no Programa Internacional de Avaliação de Alunos

Com tudonahora // Fonte o estadao

Alagoas foi o estado brasileiro que apresentou o pior desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês). No último lugar do ranking, o Estado aparece com 354 pontos - seis a menos que sua última média - porque perdeu pontos em ciências e leitura e melhorou um pouco em matemática.

Por outro lado, dez Estados brasileiros alcançaram resultados no Pisa, com notas acima da média nacional. Todos eles estão nas regiões Sul e Sudeste, com exceção do primeiro lugar: o Distrito Federal, que já foi campeão do Pisa 2006 e agora obteve 439 pontos na média das três áreas avaliadas.

Outras seis Unidades da Federação - Amapá, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia e Roraima - pioraram em ciências. Distrito Federal, Sergipe e Santa Catarina caíram em matemática, e apenas Alagoas baixou a média em leitura.

A maioria dos Estados, no entanto, teve resultado significativamente melhor que os de 2006. O Maranhão, último colocado naquele ano, conseguiu aumentar em 43 pontos sua média em leitura - ainda assim, mantém-se como penúltimo no ranking brasileiro.

São Paulo, que em 2006 ficou em 11º lugar, atrás de Estados mais pobres, como Paraíba e Sergipe, melhorou sua posição: agora aparece em 7º. Nas médias gerais, ainda está abaixo de todos os Estados do Sul, de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Brasil

O Brasil pode comemorar, mesmo que sem muita empolgação, os resultados do Pisa realizado a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O País teve a terceira maior evolução nas médias de 65 nações e conseguiu superar a barreira dos 400 pontos em leitura e ciências, mas ficou abaixo desse patamar em matemática. O resultado, no entanto, ainda está longe de ser positivo. Nas três áreas, pelo menos a metade dos jovens brasileiros não consegue passar do nível mais básico de compreensão.

O Pisa avalia estudantes de 15 anos completos em todos os países membros da OCDE, mais os convidados - como Brasil, México, Argentina e Chile, entre outros. Em 2009, ano da prova mais recente, foram selecionados 400 mil jovens em todo o mundo, incluindo 20 mil brasileiros de todos os Estados. A escolha pela faixa etária permite uma comparação entre os diferentes países, mesmo que os sistemas de ensino sejam diferentes.

O que é o PISA?

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes testa conhecimentos e habilidades em leitura, matemática e ciências de alunos de 15 anos dos 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e, em 2009, de outros 31 países convidados, entre eles o Brasil.

A prova tem duração de duas horas e é formada por questões de múltipla escolha e perguntas abertas. Além disso, os estudantes respondem a questionários sobre a família e aspectos ligados ao aprendizado, como motivação, interesses e métodos de estudo. Diretores também fornecem informações sobre suas escolas.

Em 2009, ano da última prova, foram selecionados, aleatoriamente, 400 mil jovens dos 75 países, sendo 20 mil do Brasil, em todos os Estados. A escolha pela faixa etária permite uma comparação entre os diferentes países, mesmo que os sistemas de ensino sejam diferentes.

O Pisa é realizado a cada três anos. A primeira avaliação, em 2000, envolveu 43 nações. Em 2003, foram 41 participantes e, em 2006, 57. A cada ciclo, o exame foca um domínio diferente - em 2009, foi a leitura.

O principal objetivo do Pisa é monitorar os resultados dos sistemas de ensino para oferecer informações empíricas que possam dar base a pesquisas e políticas públicas.

O exame quer saber se o aluno domina os processos de aprendizagem, entende os conceitos e aplica conhecimentos e habilidades adquiridos na escola em situações da vida real. Para isso, os avaliadores atribuem notas detalhadas às respostas. Em cada área, o índice varia de 0 a 800 - a margem de erro é de 5 pontos para mais ou menos.

Além do desempenho dos estudantes, os resultados são analisados de acordo com fatores como gênero, situação socioeconômica e diferenças entre escolas - se é pública ou privada.

Os países-membros da OCDE que participaram da prova em 2009 são: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia.

Os convidados para essa última edição foram: Albânia, Argentina, Azerbaijão, Brasil, Bulgária, Catar, Casaquistão, China, Cingapura, Colômbia, Croácia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Jordânia, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Panamá, Peru, Quirguistão, República da Moldávia, República da Sérvia, República de Montenegro, República Dominicana, Romênia, Rússia, Tailândia, Taiwan, Trinidad e Tobago, Tunísia e Uruguai.