Com tudonahora // josenildo tôrres
Dos 2.034.326 eleitores alagoanos apitos a votar na eleição deste ano, 325.009 não sabem votar, de acordo com dados fornecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso significa dizer que 15,97% dos homens e mulheres nunca freqüentou uma sala de aula.
Deste total, 47,96 são do sexo masculino, enquanto que 51,94% são do feminino, ainda de acordo com a Justiça Eleitoral. Já 1.438 eleitores, ou 0,71% de todos os votantes, não informaram o seu grau de instrução.
Quanto aos eleitores que são analfabetos funcionais, o TSE informou que em Alagoas o número chega a 472.014. esse número representa 23,20% de todos àqueles que estão com suas situações cadastrais em dia e, portanto, poderão escolher o novo governador, senadores, e deputados estaduais e federais alagoanos.
Mas os dados mostram que 651.018 do eleitorado concluiu o Ensino Médio Incompleto, 90.178 concluiu todo o Ensino Fundamental, 265.775 têm o Ensino Médio Incompleto e 160.309 possuem o Completo. O que chama a atenção é que 1,45% do eleitorado iniciou o Ensino Superior mas não concluiu. E do montante de votantes, apenas 1,92%, o que equivale a 39.063 mil pessoas, possui o Ensino Superior Completo.
Influenciados
No entanto, o cientista político Aelisson Batista acredita que os mais de 325 mil eleitores analfabetos não são capazes de decidir quem será o novo governador do Estado. Isso porque, de acordo com ele, os não alfabetizados são os primeiros a decidirem em quem irão votar e, fatalmente, não mudam de opinião durante o Guia Eleitoral, que terá início no próximo dia 17 deste mês.
Ainda de acordo com ele, a metade dos eleitores está na casa dos 40 anos de idade e, mesmo sem conhecimento sociológico e crítico para escolher o seu representante, tem maturidade e acesso aos meios tecnológicos. Esses meios os ajudam a discernir sobre àquele que é mais preparado e honesto para representá-lo no Executivo estadual.
“A maioria do eleitorado alagoano analfabeto é formada por pessoas com maturidade política, que já votou no mínimo 60 vezes e que tem acesso aos mais variados meios de informação, principalmente a televisão e até a Internet. Por isso, eles não são manipulados tão facilmente como ocorria anteriormente, onde sequer se conhecia os postulantes aos cargos. Além disso, eles manipulam meios eletrônicos, a exemplo do controle remoto da televisão e dos caixas eletrônicos de banco, cujos teclados são semelhantes aos das urnas eletrônicas”, exemplificou.