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O secretário de Estado da Educação e do Esporte, Rogério Teófilo, esteve em União dos Palmares, onde participou nesta terça-feira de reunião com professoras e diretores de escolas da região para discutir a situação da documentação escolar nas unidades de ensino dos municípios atingidos pelas enchentes no Vale do Mundaú.
A reunião aconteceu no Auditório da 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), na Avenida Monsenhor Clovis. Participaram também da reunião técnicos das comissões estadual e municipal da chamada pública escolar, além da gerente de Legislação e Normalização de Ensino da SEE, Maria José Alves, e de Fernanda de Albuquerque, técnica da SEE e integrante da comissão estadual de chamada escolar.
Iniciada no último dia 14, a chamada pública escolar prossegue até o dia 23 de julho. A chamada tem como objetivo levantar toda a documentação escolar danificada ou extraviada pelas chuvas do mês de junho. Para executar da ação, foram formadas comissões a níveis estadual, municipal e escolar. Caberá às comissões coletar informações que viabilizem a reorganização do calendário letivo e subsidiem a realização do Censo Escolar nos municípios que sofreram perda de documentação.
Durante a reunião, o secretário agradeceu o empenho de todos e disse que a Secretaria está à disposição de todas as escolas, do Estado e dos municípios, para concluir esse levantamento. Além disso, o secretário disso que convidou o Ministério Público Estadual para acompanhar de perto a situação das escolas destruídas e ocupadas por desabrigados, para que sejam tomadas decisões conjuntas que viabilizem o reinício das aulas nas cidades afetadas pelas cheias.
"Nós não vamos simplesmente mandar os desabrigados desocuparem as escolas, sem que antes seja providenciado um novo local para abrigar essas pessoas, seja em barracas de campanha ou outro tipo de abrigo", afirmou o secretário. Para ele, fica difícil estipular uma data para o reinício das aulas em todas as escolas, até porque aquelas que podem funcionar ou estão servindo de abrigo para as vítimas das cheias ou estão sendo usadas como quartel de soldados ou depósito de mantimentos.
Os diretores de escolas da rede estadual e municipal expuseram as dificuldades e receberam um prazo até o final da primeira semana de agosto para a entrega do relatório sobre os danos causados nas escolas, a situação do histórico escolar dos alunos e da documentação das unidades escolares.
Segundo Maria José Alves, algumas escolas conseguiram recuperar a documentação dos alunos e da própria unidade escolar, como foi o caso de São José da Lage. ?Na Lage, os professores conseguiram recuperar a documentação, que foi molhada pelas águas das chuvas, mas foi recuperada e não vai precisar da chamada escolar?, afirmou a gerente de Legislação e Normalização. Segundo ela, os dados conseguidos pelas escolas durante a chamada escolar serão confrontados ou complementados com os dados do Censo Escolar de 2009.