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18/07/2010 00:00:00

Municipios

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Com tudonahora // elaine rodrigues

As obras já estavam sendo finalizadas e a previsão era de que fossem inauguradas no dia 29 de junho. Mas, uma semana antes, enchentes atingiram Alagoas e destruíram 150 quilômetros da malha ferroviária entre Porto Real do Colégio – divisa de Alagoas e Sergipe – e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Muitos disseram que a tragédia aconteceu de novo.

De novo porque as linhas férreas já tinham sido destruídas por chuvas, há dez anos. Ao todo são cerca de 600 quilômetros de linhas, mas no ano 2.000, as chuvas destruíram 370 quilômetros delas, somente em Alagoas. Para a recuperação da malha férrea, que começou em 2007, foi preciso o investimento de R$ 112 milhões nos dois estados, sendo, aproximadamente, R$ 70 milhões aplicados em Alagoas.

Agora, com a nova destruição, a responsável pela obra, a Transnordestina Logística, antiga Companhia Ferroviária do Nordeste, afirmou, pela assessoria em São Paulo, que 250 quilômetros foram atingidos. Em Alagoas foram destruídos 150 quilômetros da malha férrea e em Pernambuco outros 100 quilômetros.

A empresa aguarda o término dos levantamentos na região para recomeçar as obras. Mas, se os serviços de recuperação tivessem início hoje, o prazo para o término seria de seis a oito meses. “Foram destruídas duas pontes e outras três acabaram danificadas. Nesses 250 quilômetros, 120 pontos de terraplanagem foram afetados. Barreiras desmoronaram e atingiram parte do trilho. O principal trabalho que teremos será relacionado à infraestrutura”, disse o presidente da Transnordestina Logística, Tufi Daher Filho, logo depois da tragédia.

Seguro

Obras muito grandes, como a reconstrução dessa malha férrea, possuem seguro contra acidentes e desastres naturais. Mesmo com a destruição, parte do dinheiro que vai precisar ser investido novamente na obra deve ser garantido pelo prêmio do seguro.

A assessoria da Transnordestina Logística chegou a confirmar que a obra estava no seguro, mas a empresa preferiu não se posicionar sobre os detalhes do contrato fechado com a seguradora.

O seguro de obras combate riscos de engenharia. Através de um contrato, é possível cobrir prejuízos causados por incêndios, alagamentos, roubos e até erros do projeto, dependendo do contrato firmado com a seguradora. É assim que a inglesa RSA está assegurando as obras do Estádio Governador José Fragelli, mais conhecido como Verdão, em Cuiabá. Ele deve sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 e o seguro foi de R$ 342 milhões - o valor da obra, que deve durar 26 meses.