Com o jornal-al // Fonte ascom SESAU
A Dengue avança em Alagoas e parece ter fugido ao controle das autoridades de Saúde. Do primeiro dia do ano até o último 5 de junho, o Estado notificou especificamente 26.668 casos da doença, o que corresponde a um crescimento de 866% em comparação a anos anteriores.
Diante deste quadro, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) reuniu, nesta quinta-feira, os integrantes do Comitê de Mobilização contra a Dengue visando traçar estratégias para combater o avanço do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.
O encontro aconteceu no auditório do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), situado no Conjunto Santo, bairro Poço. Os técnicos defendem que a população deve ajudar combater o mosquito.
Após a apresentação dos dados referentes ao avanço da dengue em Alagoas, pela superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, os integrantes do Comitê apresentaram sugestões para combater os focos do mosquito. Entre elas, destaque para a eliminação dos lugares que são criadouros preferidos do Aedes aegypti, a exemplo das lixeiras, calhas de água, garrafas vazias, plantas aquáticas, caixas d’água e pneus.
“Como já foi amplarmente divulgado, o mosquito escolhe lugares onde há água parada para se reproduzir. Por isso, os integrantes do Comitê de Mobilização devem disseminar a informação de que é proibido deixar água limpa parada em qualquer tipo de recipiente, sob pena do mosquito se proliferar, pois cada um pode infectar 300 pessoas”, salientou Sandra Canuto, cobrando o empenho da população no combate a dengue.
Diante desta situação, os integrantes do Comitê de Mobilização, a exemplo do Exercito, Corpo de Bombeiros, Marinha, igrejas e associações, irão intensificar as ações de conscientização. “Isso porque, o que tem sido realizado até agora não tem surtido o efeito esperado, demonstrando que a população vem negligenciando os cuidados, mesmo diante do aumento do número de casos notificados, que é superior a 900%, se comparado com o mesmo período do ano passado”, observou a superintendente.
Ainda durante a reunião, Sandra Canuto relembrou os sintomas da dengue, que podem ocorrer com maior ou menor intensidade, mas em geral, são febre aguda com duração de até sete dias, acompanhada de dor na cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo. Ao sentir estes sintomas, o paciente deve procurar um posto de saúde mais próximo e não ingerir, indiscriminadamente, remédios à base de ácido acetil salicílico.
“Mas se o paciente começar a sentir dores abdominais frequentes e contínuas, vômitos persistentes, hipotensão e hipotermia, pressão diferenciada, hemorragia intensa, agitação ou letargia e diminuição do fluxo urinário, há um indício de que o quadro se agravou. Por isso, ele deve retornar imediatamente ao posto de saúde onde foi consultado previamente”, recomendou.