com tudonahora // josenildo lima
O delegado Cícero Lima solicitou à Justiça, nesta sexta-feira, as prisões preventivas dos quatro policiais militares acusados de espancarem, até a morte, o pedreiro Antônio dos Santos, 48 anos, na última segunda-feira, em União dos Palmares. Militão Sapucaia da Silva Junior, José Teixeira de Siqueira, Marco Antônio Francisco Silva e Hemerson Gouveia Modesto de Alves estariam causando "prejuízos à Ordem Pública e obstruindo a Instrução Criminal", segundo o promotor Flávio Gomes, que foi designado pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL) para acompanhar o caso e solicitou a prisão.
Os quatro, no entanto, alegam que teriam usado a força necessária para conter o pedreiro, que estaria bebendo com familiares e ouvindo som acima da altura permitida. Mas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima atestou que havia várias lesões.
O corpo do pedreiro apresentava muitas lesões na face e nos cotovelos, por exemplo. Os ferimentos teriam sido provocados por instrumentos contusos, o que teriam provocado a ruptura do baço de Antônio da Silva Júnior, além da perfuração dos rins e desencadeado grande hemorragia interna.
Indiciamento
Os quatro foram indiciados por tortura, e não por homicídio doloso, como se cogitou anteriormente. Segundo o delegado Cícero Lima, que está cuidando do caso, os quatro acusados teriam torturado o pedreiro.
"Constranger alguém, mediante violência e grave violência representa um crime de tortura e não de homicídio doloso. Por isso, os quatro devem ser punidos e, caso sejam considerados culpados, podem ser condenados a cumprir pena que pode variar de oito a 16 anos de prisão", informou Cícero Lima.
Na próxima semana, o promotor Flávio Gomes, se reúne com a promotora Neide Camelo e com o comando da Polícia Militar. No encontro, serão discutidas denúncias de outros atos de violência praticados por policiais de União dos Palmares.