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com gazetaweb //

A população de Cajueiro, a 54 km de Maceió, levou um susto na tarde desta sexta-feira (04). Um prédio de três andares, localizado na Rua Guadalajara, no centro da cidade, caiu e ainda atingiu uma casa e o Restautante e Pizzaria Januá.

A proprietária da pizarria, a conselheira tutelar Nilda Marques, disse que por pouco uma família que almoçava no local não foi atingida. "O prejuízo é enorme, mas não temos motivos para ficar tristes. Estamos vivos e devemos agradecer a Deus. Na hora que o prédio estava desabando jamais imaginei que fosse isso. Mas, agora estou feliz, apesar da tragédia. Afinal nasci de novo"- disse Nilda.

Emocionada, ela mostrou o local onde costuma almoçar, um dos mais atingidos, mas hoje resolveu ficar em outro cômodo. A decisão foi minutos antes da catástrofe.

O prédio que caiu era o imóvel de número 17 e este atingiu os de números 15 (a casa da proprietária) e 19 (a pizzaria).

Na casa do lado, mora uma mulher com duas crianças, que é a proprietária do prédio de três andares. Toda a lateral arreou. Por sorte, ninguém ficou ferido. Segundo Nilda, o que evitou uma tragédia "foi o fato de o prédio nõ cair de vez e sim parecendo que estava sendo implodido".

Isaías Melo, de 27 anos, informou à Gazetaweb que nesta tarde homens estavam no prédio fazendo a pintura interna, já que amanhã seria inaugurada no ocal uma escola de informática.

"Eles acharam um barulho estranho e desocuparam o imóvel. Só foi eles saírem tudo veio abaixo"- explica o rapaz.

Na cidade, os moradores estão preocupados com o nível do Rio Paraíba. Eles disseram que em 24 horas ele avolumou assustadoramente. Muitas pessoas se aglomeravam na ponte para observar a força da água.

Numa rua por trás do desabamento, casas estavam sendo invadidas e foi necessário colocar uma equipe da prefeitura para abrir valas visando o escoamento.

Segundo o secretário de Administração e Obras de Cajueiro, Ildes Lins Albuquerque, as primeiras informações dão conta que o prédio teria erros estruturantes, o que pode ter causado seu desmoronamento. “É um prédio muito velho e não foi fiscalizado em nossa administração. Agora a Defesa Civil irá produzir um laudo”, disse o secretário.

Nilda Marques confirmou o que disse o secretário em relação a antiguidade do prédio, mas afirma que a chuva deu grande colaboração para o desabamento. Ela informou que o prédio não tinha laje e deve ter havido infiltração. O coronel Denilson Queiroz, da Defesa Civil Estadual, esteve no local e disse comprovar que o acidente não foi provocado pela ação da chuva.

"Realmente foi questão de estrutura. A coordenação municipal da Defesa Civil é que vai apurar. Caso seja preciso, poderemos ajudar"- disse o militar.