com tudonahora // josenildo tôrres
Uma auditoria realizada na folha de pagamento dos servidores do Estado detectou a existência de 471 pensionistas "fantasmas" registrados com a mesma data de nascimento. De acordo com o secretário de Estado da Gestão Pública (Segesp), Guilherme Lima, em muitos casos os falsários eram filhos de servidores já mortos, mas que estavam cadastrados como conjugues, já que a pensão é vitalícia.
O secretário denunciou o caso à Polícia Federal (PF) para que investigue as supostas ações criminosas, além de enviar um relatório com esta e outras irregularidades ao Ministério Público de Alagoas (MP/AL), já que os cofres do Estado sofreram um rombro de R$ 22 milhões. Segundo Lima, após o senso realizado pelo Governo do Estado, nos três primeiros meses de 2009, foram detectados que 24 servidores já mortos continuavam recebendo seus vencimentos normalmente. Para chegar aos dados foram analisados cerca de 7.500 processos; metade deles apresentavam problemas.
“Realizamos a auditoria e detectamos coisas estarrecedoras, mas que só podemos atribuir a falta de condições de trabalho e de capacitação, pois antes do governador Teotonio Vilela Filho, as condições da Segesp eram precárias”, alfinetou. Guilherme Lima enfatizou que os problemas foram encontrados em pensões, aposentadorias e pagamento de servidores ativos.
“Diante dos problemas, tivemos, inclusive, que reajustar os vencimentos, pois as correções não ocorreram apenas para menos, já que alguns servidores recebiam menos do que o devido”, salientou, ao dizer que "se ficar comprovado que algum servidor agiu de má fé, ele poderá ser exonerado".
Economia
Segundo o secretário, o Estado economizou R$ 1,5 milhão com as correções das irregularidades detectadas após a auditoria realizada. “Para se ter idéia, 400 servidores tiveram os salários suspensos, pois não atenderam ao chamado do Estado e não realizaram o censo no tempo determinado”, revelou.