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Guerra
26/10/2025 00:00:00

Conflito aumenta com novos ataques russos que deixam múltiplas vítimas na Ucrânia

Autoridades confirmam ao menos quatro mortes e 16 feridos após ações militares noturnas, enquanto Zelenskyy solicita maior pressão dos EUA contra Moscou

Conflito aumenta com novos ataques russos que deixam múltiplas vítimas na Ucrânia

Na sequência de ataques aéreos e de drones realizados pela Rússia na noite de sexta-feira e na manhã de sábado, pelo menos quatro civis perderam a vida, e outras 16 pessoas ficaram feridas, de acordo com as informações divulgadas pelos órgãos de defesa ucranianos.

Na capital Kiev, duas vítimas fatais e nove feridos foram relatados após um ataque com mísseis balísticos realizado na madrugada de sábado, conforme afirmou Timur Tkachenko, responsável pela administração militar local.

O impacto destruiu um edifício residencial, enquanto os destroços interceptados dos projéteis caíram em uma área aberta próxima, ocasionando danos às janelas de construções próximas, detalhou o Serviço de Emergências da Ucrânia através do aplicativo Telegram.

Durante o ataque, Vitali Klitschko, presidente da Câmara Municipal de Kiev, comunicou pelo Telegram que a cidade estava sob um intenso bombardeio balístico, descrevendo a situação como uma ofensiva direta.

Na região de Dnipropetrovsk, o governador regional interino, Vladyslav Haivanenko, noticiou a morte de duas pessoas e o ferimento de outras sete. Ele também mencionou prejuízos a prédios residenciais, comerciais e a veículos, além de um anexo e uma loja que foram atingidos pelos ataques.

Segundo a Força Aérea ucraniana, as ofensivas russas envolveram o lançamento de nove mísseis e 62 drones. Das ameaças, apenas quatro mísseis e 50 drones foram interceptados pelos sistemas de defesa do país.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que suas defesas aéreas neutralizaram 121 drones ucranianos durante a noite, sobrevoando o território russo.

Os ataques tiveram origem após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, solicitar aos Estados Unidos uma ampliação das sanções contra o setor petrolífero russo, incluindo a restrição de operações de duas empresas, e a utilização de mísseis de longo alcance para retaliação contra Moscou.

Em Londres, Zelenskyy reuniu-se com cerca de vinte líderes europeus, que prometeram apoio militar para ajudar a defender a Ucrânia contra possíveis novas investidas russas, caso seja assinado um cessar-fogo que interrompa o conflito, que persiste há mais de três anos.

O encontro, organizado pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, teve como objetivo pressionar Vladimir Putin, reforçando as recentes medidas de sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia, especialmente na área das receitas oriundas da exportação de petróleo e gás russo.

As conversas também abordaram estratégias para reforçar a proteção da rede elétrica ucraniana contra ataques quase diários de drones e mísseis russos, preparando-se para o inverno, com a melhoria das defesas aéreas e o fornecimento de mísseis de alcance elevado, capazes de atingir regiões profundas na Rússia. Zelenskyy solicitou aos Estados Unidos a entrega de mísseis Tomahawk, uma proposta que contou com o apoio do então presidente Donald Trump.