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Saúde
25/10/2025 18:00:00

Perigos do Uso Indevido de Clonazepam: Saúde em Risco

Especialistas alertam sobre os riscos do consumo não supervisionado deste medicamento controlado

Perigos do Uso Indevido de Clonazepam: Saúde em Risco

O consumo inadequado do Clonazepam, conhecido comercialmente como Rivotril, pode causar sérios problemas de saúde. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destaca que sua alta capacidade de gerar dependência física e psicológica faz dele uma substância classificada como controle especial, exigindo prescrição com receita azul (B2) e retenção na farmácia.

Este remédio, amplamente prescrito para combater transtornos de ansiedade, crises de pânico e epilepsia, tornou-se uma solução rápida para aliviar o estresse diário e problemas de sono. Contudo, profissionais de saúde e fabricantes reforçam que o uso sem orientação médica pode resultar em consequências graves e duradouras.

O Clonazepam pertence ao grupo dos benzodiazepínicos, medicamentos que atuam como depressivos do sistema nervoso central, promovendo efeito calmante, sedativo e anticonvulsivo.

A classificação de controle rigoroso visa prevenir o uso desordenado e os riscos associados à automedicação. As informações presentes nas bulas aprovadas pela Anvisa e nas plataformas de saúde governamentais deixam claro os perigos de usar o Clonazepam sem orientação médica.

Entre as principais ameaças estão a dependência, crises de abstinência, efeitos colaterais e interações perigosas. A dependência surge à medida que o organismo se adapta ao medicamento, levando à necessidade de doses crescentes para obter os efeitos desejados.

A interrupção abrupta pode desencadear sintomas severos de abstinência, incluindo insônia, irritabilidade, ansiedade extrema, tremores e até convulsões. Mesmo na utilização correta, o Clonazepam pode gerar efeitos adversos como sonolência excessiva, fadiga, dificuldades na coordenação motora — que aumentam o risco de quedas — lapsos de memória recente, confusão mental, tontura e redução da libido.

O uso indevido acentua esses riscos. Além disso, o desenvolvimento de tolerância ao medicamento é comum, o que leva ao aumento das doses ao longo do tempo. Quando o uso é interrompido, muitos pacientes enfrentam o fenômeno do 'efeito rebote', onde sintomas de ansiedade e insônia retornam com força maior.

O risco de combinações perigosas também é alto, especialmente ao unir Clonazepam com álcool ou outros depressores do sistema nervoso central, como opioides. Essa mistura pode potencializar efeitos sedativos, levando a insuficiência respiratória, coma e até óbito.

Especialistas reforçam a importância do acompanhamento médico contínuo ao usar o Clonazepam. Quando indicado corretamente, o medicamento é uma ferramenta eficaz, mas sua administração deve ser feita com cuidado, ajustada às necessidades específicas de cada paciente e com retirada gradual e controlada.

A busca por soluções rápidas para lidar com as pressões da rotina moderna não deve obscurecer os riscos de um uso desmedido. Priorizar a saúde e o bem-estar a longo prazo é fundamental para evitar consequências irreversíveis.