Na última sexta-feira, 29 de agosto, Israel anunciou a recuperação dos corpos de dois reféns. Um deles, Ilan Weiss, de 56 anos, foi assassinado durante um ataque ao kibutz de Beeri em 7 de outubro de 2023. Seu corpo foi transportado para a Faixa de Gaza, e a confirmação de sua morte foi oficialmente divulgada pelo kibutz no início de 2024. Em um movimento separado, os Estados Unidos informaram que não concederão vistos a representantes palestinos que desejam participar da Assembleia Geral da ONU, agendada para setembro.
Atualmente, palestinos tentam deixar a cidade de Gaza, que foi classificada como "zona de combate perigosa" pelas autoridades israelenses, que aumentaram a pressão militar sobre a região. A esposa de Weiss, Shiri, e uma de suas filhas, Noga, que foram sequestradas em sua residência, conseguiram ser libertadas durante uma trégua em novembro de 2023.
O corpo do segundo refém ainda está passando por identificação. De acordo com dados oficiais de Israel, 48 reféns permanecem sob custódia em Gaza, com 22 deles presumidamente vivos.
Enquanto a UNRWA, a agência da ONU voltada para refugiados palestinos, emite um alerta sobre o possível deslocamento de até um milhão de pessoas devido à intensificação das operações militares israelenses, Israel anunciou um endurecimento do cerco à Faixa de Gaza, que agora é oficialmente rotulada como "zona de combate perigosa".
Através de um comunicado, o Exército israelense garantiu que continuará a apoiar esforços humanitários na região, mesmo enquanto operações ofensivas estão em andamento. A Defesa Civil de Gaza reportou 33 óbitos no território palestino desde o início da manhã de sexta-feira.
Um mês atrás, após uma campanha internacional pela liberação de ajuda humanitária, Israel tinha publicado uma "pausa tática" nas operações militares, válida diariamente entre 10h e 20h em três áreas: a cidade de Gaza, Al-Mawasi e Deir Al-Balah.
No próximo domingo, 31, o gabinete de segurança israelense deve se reunir novamente para discutir os planos de controle da Faixa de Gaza. Enquanto isso, setores da extrema direita estão advogando pela anexação gradual do território palestino.
Durante a semana, o exército de Israel afirmou que a evacuação da cidade de Gaza é "inevitável", considerando a intenção de assumir o controle da maior cidade da região, que é vista como um dos últimos bastiões do Hamas. Contudo, diversas organizações humanitárias consideram esse plano irrealista e perigoso.
Quanto aos vistos, os Estados Unidos reafirmaram nesta sexta-feira (29) sua decisão de não concedê-los a membros da Autoridade Palestina antes da Assembleia Geral da ONU, onde a França defenderá o reconhecimento de um Estado palestino. "O secretário de Estado, Marco Rubio, revoga e nega a concessão de vistos a membros da Organização para a Libertação da Palestina e da Autoridade Palestina antes da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas", declarou o Departamento de Estado em comunicado.