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Geral
30/08/2025 18:00:00

CUT celebra 42 anos com balanço histórico e defesa da soberania nacional

CUT celebra 42 anos com balanço histórico e defesa da soberania nacional

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) comemorou nesta quinta-feira (28) seus 42 anos de fundação em um ato político realizado no Teatro dos Bancários, em Brasília. A atividade abriu a 17ª Plenária Distrital da CUT-DF, que segue até sábado (30), reunindo lideranças sindicais, parlamentares, movimentos populares e representantes da sociedade civil. O encontro destacou a trajetória da central no Distrito Federal, seu papel na organização da classe trabalhadora e os desafios diante do atual cenário político e econômico.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT-DF), que foi o primeiro presidente da CUT-DF em 1980, relembrou a mobilização que marcou o início da central. “Organizamos a primeira greve da Nova República, em 1º de abril de 1985, a paralisação dos rodoviários do DF. Queríamos apenas que os trabalhadores deixassem de ser explorados, e conseguimos. Foi a partir daí que avançamos até nos tornarmos a potência que somos hoje”, afirmou.

A deputada federal Érika Kokay (PT-DF), também ex-presidente da CUT-DF, ressaltou que a central vai além das pautas salariais e trabalhistas. “A CUT luta contra todas as formas de discriminação e para que os locais de trabalho sejam espaços de encontro e não de perda de esperança e alegria”, declarou. Ela destacou ainda a importância da soberania nacional: “Quando dizemos sem anistia, também reafirmamos que o Brasil é soberano, e isso significa não permitir que nossa bandeira seja usada em favor de interesses estrangeiros”.

O deputado distrital Gabriel Magno (PT-DF) lembrou a contribuição da CUT desde as greves do ABC paulista contra a ditadura militar até a resistência às políticas neoliberais dos anos 1990. Para ele, a central se tornou referência ao incorporar bandeiras feministas, antirracistas, de combate à LGBTfobia e de preservação ambiental. “A CUT faz parte da história da democracia e dos direitos do povo brasileiro”, afirmou.

A defesa da democracia, da soberania e das riquezas nacionais também marcou os discursos. A vice-presidenta nacional da CUT, Juvândia Moreira, destacou a necessidade de regulamentação das redes sociais e da mobilização em torno dos atos do 7 de setembro. “O Brasil precisa da CUT para lutar contra a escala 6×1, taxar grandes fortunas e defender a soberania nacional”, disse.

Representando a Frente Povo Sem Medo, Rud Rafael reforçou a dimensão internacional da central e defendeu um projeto de soberania que inclua políticas de segurança alimentar, reforma agrária e desenvolvimento tecnológico. Já Ângela Amaral, da Frente Brasil Popular, ressaltou a união entre movimentos sociais, centrais e partidos para barrar privatizações e ataques aos trabalhadores.

A programação da 17ª Plenária Distrital segue com debates sobre conjuntura, direitos trabalhistas, democracia e comunicação. No sábado (30), serão discutidos os desafios e perspectivas da CUT no cenário atual, além da aprovação de propostas que serão encaminhadas à Plenária Nacional da entidade. Também haverá a recomposição da diretoria da CUT-DF e a eleição da delegação que participará da etapa nacional. “Será um momento de fortalecimento da Central, com debates intensos e a chance de construir um Brasil mais justo para todas e todos”, destacou o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.