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Acidente
28/08/2025 19:00:00

PCC Impõe Coação a Proprietários Rurais e Empresários

Fazendeiros e Donos de Usinas são Forçados a Vender suas Propriedades a Preços Irrisórios sob Ameaças de Morte

PCC Impõe Coação a Proprietários Rurais e Empresários

Integrantes da organização criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC) se infiltraram em diversas áreas da produção de cana-de-açúcar, utilizando táticas de intimidação contra fazendeiros e empresários no interior do estado de São Paulo, conforme investigações realizadas pelo Ministério Público (MP) local.

Na data de hoje, 28 de agosto de 2025, o MP está conduzindo uma operação em larga escala com o mobilização de 1.400 agentes para cumprir mandados de busca e apreensão, além de prisões relacionadas a um esquema criminoso bilionário que envolve o setor de combustíveis.

Essa ampla investigação foi desencadeada a partir de denúncias recebidas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (GAECO), oriundas de diversas localidades do interior. Empresários, agricultores e colaboradores do setor agropecuário relataram uma série de transações suspeitas envolvendo a aquisição de usinas, propriedades de cultivo de cana, postos de gasolina e até transportadoras atreladas ao segmento sucroalcooleiro.

Fontes confiáveis do setor informaram questões extremamente graves, indicando que fazendeiros, proprietários de usinas e postos de gasolina estavam sendo forçados a negociar suas propriedades com grupos criminosos. Além disso, havia indícios de incêndios intencionais em canaviais e propriedades rurais como forma de cercear a liberdade dos proprietários.

De acordo com os relatos encaminhados ao MP, as transações eram geralmente efetuadas em dinheiro vivo, com valores abaixo do mercado e ameaças de morte caso o vendedor decidisse desistir do negócio ou denunciasse a coação.

O receio entre os empresários e comerciantes era palpável, pois havia uma percepção de que o PCC e suas afiliações estavam se expandindo agressivamente sobre o setor, utilizando táticas de dominação territorial.

A profundidade das investigações do MP estadual levou à necessidade de colaboração com o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Polícia Federal. Os delitos investigados incluem, entre outros, a sonegação de impostos que soma centenas de milhões de reais, lavagem de dinheiro no sistema financeiro nacional e adulteração de combustíveis através de importações fraudulentas de metanol.

Como resultado, inquéritos foram instaurados em nível federal e, em uma atuação colaborativa em estilo força-tarefa, a operação foi deflagrada nesta quinta-feira. A Justiça Federal concedeu à Polícia Federal ordens de prisão para diversos alvos e, ao MP estadual, múltiplos mandados de busca e apreensão de suspeitos de envolvimento com as atividades criminosas do PCC — desde o cultivo no campo até a comercialização de álcool para os consumidores finais.