O governo federal vai reformular o programa Auxílio Gás para assegurar que famílias de baixa renda tenham acesso direto ao botijão de gás de cozinha. A medida, que será anunciada na próxima semana, foi antecipada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação.
Segundo ele, a mudança substituirá o repasse de um valor fixo pelo fornecimento de um vale crédito, que poderá ser utilizado em distribuidoras credenciadas. Com a apresentação do CPF, o beneficiário poderá retirar o botijão. “O programa está pronto e será lançado na semana que vem. Ele vai crescer gradualmente. Em março, chegará a 15,5 milhões de famílias, mais de 46 milhões de pessoas”, afirmou o ministro.
Atualmente, o Auxílio Gás contempla cerca de 5,6 milhões de famílias inscritas no Cadastro Único, com renda de até meio salário mínimo por pessoa. O objetivo do governo é ampliar o alcance para mais de 20 milhões de famílias. Estão previstos R$ 13,6 bilhões em recursos para o próximo ano.
Hoje, cada família recebe R$ 108 a cada dois meses, valor equivalente ao preço médio nacional do botijão de 13 quilos. O problema, destacou Rui Costa, é que a quantia não cobre o custo real em muitas regiões. Em alguns lugares, o preço chega a ultrapassar R$ 160, até R$ 170, cerca de R$ 60 acima da média nacional, que varia entre R$ 105 e R$ 109.
Para o ministro, o novo modelo vai corrigir essa disparidade e oferecer segurança às famílias. “O que o governo vai fazer é entregar o botijão às pessoas. Além de garantir dignidade para que possam cozinhar, vamos reduzir o número de acidentes domésticos com queimaduras, muitas vezes provocados pelo uso de álcool e outros líquidos em substituição ao gás”, destacou.