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19/04/2010 00:00:00

Especiais

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com tudonahora // elaine rodrigues e jamylle bezerra

Nesta manhã, trabalhadores rurais do Movimento Sem Terra começaram a chegar em Maceió, para mais uma ação do Abril Vermelho. Eles ocupam a praça Dom Pedro II, da Assembleia Legislativa, onde devem ficar por dois dias.

Os sem-terra estão montando acampamento na praça. Agora há pouco, chegou mais um ônibus, vindo de Joaquim Gomes, e a previsão é de que outros também cheguem até amanhã. Segundo um dos trabalhadores, Clódio Vicente, são esperados centenas de trabalhadores rurais - de Delmiro Gouveia a Maragogi - para as atividades.

Segundo a assessoria do movimento, até amanhã o movimento deve ter 1.200 trabalhadores na praça.

A programação do movimento ainda não foi definida, mas os sem-terra devem fazer caminhadas e outros atos públicos, para reivindicar ações nas áreas de Saúde e Educação nos acampamentos e assentamentos rurais, além da Reforma Agrária.

Abril Vermelho

Na última quinta-feira, trabalhadores rurais do MST invadiram e ocuparam cinco prefeituras de Alagoas. A ocupação aconteceu em Atalaia, Girau do Ponciano, Olho d'Água do Casado, Delmiro Gouveia e Inhapi.

Em todas as prefeituras, o MST apresentou uma pauta local de reivindicações que passa pelas questões estruturais e sociais, como a oferta de vagas em escolas de nível básico e a instalação de postos de saúde em áreas próximas a assentamentos.

Depois de negociar com os prefeitos, as sedes das prefeituras foram desocupadas, no fim do dia.

Segundo a assessoria do MST, as ações estão afinadas com as manifestações que acontecem este mês em todo o país na Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, mais conhecido como Abril Vermelho.

O dia 17 de abril foi instituído por decreto do ex-presidente Fernando Henrique como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária, em memória aos 19 agricultores assassinados em 1997 no município de Eldorado dos Carajás, durante uma manifestação. O episódio foi mundialmente conhecido e representa o maior massacre de trabalhadores rurais pelo poder público da história recente no Brasil.

Em Alagoas, duas ocupações deram o ponta-pé inicial nas lutas, a fazenda Lagoa da Cachoeira (em Piranhas) e a fazenda Bastião em Traipu. Ainda no fim da semana passada, no dia 16, mais uma área improdutiva foi ocupada por agricultores do MST, a fazenda Gameleira, em Joaquim Gomes (aproximadamente 17 km do centro da cidade).