Uma funcionária do Hospital da Mulher é suspeita de negociar uma adoção ilegal de uma recém-nascida na unidade hospital, no bairro Poço, em Maceió. A mulher foi afastada do cargo pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) após denúncia do Conselho Tutelar da 2ª Região da capital.
A bebê foi retirada do hospital e encontrada no nesta sexta-feira (12), em Olho d'Água das Flores, Sertão de Alagoas, seis dias depois do nascimento.
A conselheira tutelar que acompanhou o caso, Maria Eunice Cerqueira, afirmou que a mãe da menina foi para o hospital em trabalho de parto sem saber que estava grávida e, após gerar o bebê, disse que queria fazer doação voluntária, ato permitido pelos requisitos previstos pela legislação.
Eunice relatou que o hospital conversou com a mãe para que ela permanecesse com a bebê, "no entanto, dentro dessas conversas, houve uma participação de uma funcionária do hospital, que intermediou [a doação ilegal], e a genitora]autorizou a entrega dessa criança para terceiros".
A conselheira tutelar disse que a bebê foi entregue para a família interessada no dia 9 de janeiro e, após três dias, a menina foi encontrada. A genitora teria se arrependido e procurou o Conselho Tutelar.
Um acordo entre o Conselho Tutelar, Ministério Público e Juizado determinou que a criança ficará acolhia institucionalmente, até que os órgãos competentes escutem a mãe para saber o desejo dela e quais as condições psicológicas da genitora.
A Secretaria da Saúde informou "que está apurando a informação de que uma servidora pode estar envolvida em um caso de adoção ilegal após um parto dentro do Hospital da Mulher". A funcionária foi afastada das funções e o caso segue sendo investigado.
A mulher já foi ouvida pela Polícia Civil.
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