O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares Mendes, afirmou, nesta quarta-feira (14), que o afastamento dos deputados estaduais indiciados pela Operação Taturana será analisado pelo Ministério Público Estadual. A declaração foi uma resposta ao ofício enviado pela Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas. A entidade pediu celeridade na ação que já afastou 13 parlamentares da Assembléia Legislativa. Outros cinco deputados estaduais também foram indiciados, mas seguem no exercício dos mandatos: Marcos Barbosa, Cláudia Brandão, Temóteo Correia, Paulo Fernando dos Santos e George Clemente.
O procurador-geral adiantou que uma equipe técnica da PGJ, em parceria com os integrantes da Promotoria da Fazenda Pública Estadual, estarão estudando os documentos de toda a Operação Taturana para iniciar um exame detalhado e minucioso sobre o que foi feito até agora. “Estes procedimentos da Operação Taturana revelam uma situação jurídica muito delicada e que de forma alguma podem retroceder. Estamos cientes do papel do MPE e vamos agir”, disse. “É preciso entender que o Ministério Público Estadual não tem compromisso nem com A, nem com B, nem com C, mas com a sociedade”, acrescentou.
Ele citou como exemplo a expectativa pela entrega da documentação relativa a movimentação financeira do deputado Paulão. Em contato com o promotor de Justiça Jamil Barbosa, Eduardo Tavares foi informado que os extratos do parlamentar ainda não foram entregues ao MPE. “Precisamos agir com cautela. Reforço que não haverá omissão, nem preterição. Estamos atentos ao caso e examinaremos a documentação assim que tivermos acesso para em seguida tomarmos uma decisão coerente e responsável”, garantiu.
Eduardo Tavares prometeu uma resposta rápida à sociedade e avaliou que, neste momento, cada passo precisa ser cuidadosamente medido, para que as vitórias obtidas até agora não sejam enfraquecidas ou destruídas. “Não podemos tomar decisões precipitadas ou pelo calor da emoção. A OAB fez o papel dela e nós faremos o nosso”, assegurou, elogiando a postura combativa do presidente da OAB, Omar Coelho de Mello, que tem exercido um grande papel cívico.
por Assessoria - MP