A crise cambial já afeta o abastecimento na Saúde provocando o encarecimento dos produtos médico-hospitalares e gerando um aumento significativo em alguns itens como, luvas, seringas e diversos correlatos importados. Até a tragédia em Santa Catarina está contribuindo para agravar o problema em função do Estado ser grande fornecedor de gaze e algodão. O Jornal Correio Braziliense, edição de 24 de outubro, mostra que no Distrito Federal a crise provocou um acréscimo nos insumos e serviços médicos na ordem de 40% a 50%.
A matéria assinada pelas jornalistas Karla Mendes e Erica Andrade revela que o problema de abastecimento das unidades alagoanas, como a falta de seringas e luvas de procedimentos, também tem gerado dificuldades para reposição. Segundo descreve o Correio Braziliense, a própria indústria está demorando de 60 a 90 dias para fazer a entrega. Com essa oscilação do dólar, os fornecedores não querem assumir o risco, preferindo perder venda.
Nesta quarta-feira (17), o vice-governador José Wanderley Neto esteve reunido, na Sesau, com o secretário de Estado da Saúde em exercício, Herbert Motta, e o reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), André Falcão, para discutir as dificuldades no abastecimento de medicamentos e correlatos em virtude da crise financeira internacional que tem afetado o setor em todo o País.
Na oportunidade, o secretário Herbert Motta também garantiu um repasse financeiro adicional na ordem de R$ 4 milhões para que a Uncisal também possa restabelecer o abastecimento das suas unidades. "A alta do dólar e o recuo do mercado ocasionaram o desabastecimento dos fornecedores e o aumento nos preços dos medicamentos e correlatos; as unidades geridas pela Uncisal passaram a consumir itens da reserva, fugindo da previsão orçamentária financeira da instituição", explicou.
Para André Falcão, este momento de crise está afetando seriamente o setor saúde, tendo gerado um grande aumento de custo para o atendimento. "Temos que ampliar a discussão de forma integrada entre Sesau e Uncisal para garantir a saúde dos que batem à porta de nossas unidades. Tenho certeza que encontraremos uma saída satisfatória para esse impasse", acredita.
Participaram da reunião, o superintendente de Atenção à Saúde Vanilo Soares; o coordenador Setorial de Gestão Financeira, Pedro Bello; e representantes da Uncisal
por Assessoria