O delegado-geral da Polícia Civil, Marcílio Barenco, pediu nesta terça-feira (2), aos juízes da 17ª Vara Criminal, a prorrogação da Prisão temporária (cinco por mais cinco), dos advogados Paulo Roberto Alves Cavalcante – tio da delegada Kátia Emanuelle - e Josenildo Soares Lopes. A Prorrogação, segundo Barenco, se deu por conta da ‘complexidade’ do caso.
“Até sexta-feira (5), testemunhas do caso serão ouvidas, esse foi um dos motivos do pedido. O Caso é muito complexo, mas todas as providências serão tomadas”, explicou o delegado-geral, assegurando que ‘a investigação corre em segredo de Justiça’. “Foi um pedido dos juízes da 17ª Vara Criminal. Eles tem até meia noite desta quarta para decidir se aceitam ou não o pedido de prorrogação”, contou.
Os dois advogados foram presos na última sexta-feira (28), acusados de crime de extorsão ao empresário Vicente Soares da Rocha Filho – que está fora do Estado. Paulo Roberto teria pedido R$ 80 mil a Vicente, como garantia de uma possível prisão e como garantia teria citado - durante conversa telefônica flagrada pela polícia - o nome da delegada.
Também são acusados de participação no crime a delegada Kátia Emanuelle – diretora de Recursos Especiais da Polícia Civil -, que foi afastada da função por 30 dias, e seu marido, o policial civil Ricardo Ribeiro Dias.
Quebra de sigilo bancário e telefônico
Com o aprofundamento das investigações, a polícia deverá solicitar a quebra de sigilo bancário e telefônico da delegada Kátia Emanuelle e dos demais acusados. Kátia, ao tomar conhecimento da situação, se disse ‘vítima de uma armação’.
“Eu não fiz nada de errado, portanto não vejo problema algum nessa quebra de sigilo. Sei que o delegado Barenco conduzirá o caso com total isenção”, disse a delegada.
com gazetaweb // marcela calado