Antonio Aragão
Com a cassação do Vereador Wellington Ferreira da Silva (PTB) de União dos Palmares (eleito em 2004 pelo PTC com 481 votos) decidida ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral, em sessão presidida pelo Desembargador Orlando Cavalcante Manso (presidente em exercício), cujo relator do processo foi o Juiz Manoel Cavalcante de Lima Neto, deve assumir nos próximos dez dias a suplente de vereadora professora municipal aposentada Maria do Socorro Freira de Oliveira (PAM), que obteve 46 votos na eleição do mesmo ano.
Pela relação dos suplentes do TRE, o suplente convocado seria o vereador Benedito Batista dos Santos conhecido como ‘Biu Preto’ mas seu falecimento foi registrado no mês de maio, deixando a vaga para Socorro Freire, que atualmente é empresária (tem uma pequena livraria nas proximidades da Casa de Jorge de Lima, no centro da cidade).
Encontrada pela reportagem na tarde de hoje, Socorro disse que “não pretendia mais concorrer a mais nenhum cargo, mas o destino me colocou como representante de minha razão pela qual terra procurarei nos cinco meses de mandato que me restam honrar o exercício do cargo. Irei inicialmente verificar com meus colegas vereadores o que eles estão realizando em prol da comunidade, e verei o que posso fazer para ajudar; também pretendo interceder junto ao prefeito pelos concursados que ainda não foram convocados para trabalhar, e apesar do curto tempo, serei uma defensora dos aposentados, pois pertenço a esta classe”.
Descendente de tradicional família da terra, Socorro Freira é uma moça bastante conhecida e respeitada, além de fervorosa católica, com participação em vários movimentos sociais como os da Igreja Católica, mas não registrou sua candidatura em tempo hábil para agora, que detém um cargo público, concorrer à reeleição.
O presidente da Câmara Municipal de Vereadores Edvan Correia Santos afirmou que “até agora, o Tribunal não notificou oficialmente a Câmara sobre a mutação no quadro de vereadores, e assim que fizer, transcorridos os prazos legais, daremos cumprimento imediato ao que for estatuído”.
Por sua assessoria, Wellington informou que pretende recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral junto a Superior Tribunal em Brasília, por entender que “talvez tenha havido má interpretação quando mudei de partido, e agora caberá aos Ministros a decisão final, em instancia superior”, concluiu o vereador.